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Consumo de proteína animal aumenta risco de infertilidade

Por Simone Iwasso
Atualização:

Mulheres com uma alimentação diária composta por pelo menos 5% de proteínas vegetais têm muito mais chances de engravidarem do que as que consomem basicamente proteínas de origem animal (carnes, leites, queijos, manteiga) em suas refeições.Parece pouco, mas aumentar o consumo de legumes, sementes, castanhas e cereais aumenta em até 50% a chance de a gravidez ocorrer. E, pensando no que se come todo dia, não é tão difícil assim - um pedaço menor de carne e um punhado a mais de legumes e de cereais (lentinhas, grão de bico...) na hora do almoço já ajuda.

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A constatação, preciosa para quem está se preparando para engravidar, é de um estudo da Universidade do Arizona com 18 mil mulheres e fez parte de um grande debate ocorrido no mês passado em Nova York com os maiores especialistas em nutrição e saúde das universidades americanas - e não faltaram dados interessantes que comprovem essa relação (vamos falar muito delas por aqui ainda).A apresentação desse trabalho ficou por conta da professora de Saúde Pública da instituição, Victoria Maizes. E, ainda não se sabe o motivo exato, mas a diferença na alimentação é mais significativa em mulheres com mais de 32 anos.

O estudo mostrou também que o consumo de gordura trans (usada ainda em alguns biscoitos, tortas prontas, molhos de saladas, salgadinhos) interfere na ovulação, concepção e no desenvolvimento embrionário - mulheres com dietas ricas nesse tipo de gordura têm um risco 73% maior de terem problemas de infertilidade -isso ocorre porque esse tipo de gordura aumenta os processos inflamatórios no organismo, o que prejudica a ovulação (além de interferir em uma série de outras funções do corpo, mas isso é assunto pra outro post).

Em resumo, o que comemos influencia o modo como nosso corpo funciona - e afeta nossa saúde, nosso humor, nossa disposição e, como o estudo mostra, a também a fertilidade. Um cuidado maior com o que a gente compra no supermercado e leva pra casa não é tão difícil - e há muitas informações por aí para ajudar a fazer as escolhas mais racionais e conscientes.

Assim como não é tão complexo, nem precisa ser tão radical, adotarmudanças cotidianas que ajudem a evitar problemas no futuro - e prestar mais atenção no que fazemos e deixamos de fazer todos os dias.

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O objetivo desse blog, que começa hoje, é ajudar um pouco nessa tarefa.

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