À espera de transplante em Miami, Sofia, de 11 meses, trata infecção em UTI

Família, que arrecadou R$ 2 milhões em uma campanha pelas redes sociais, aguarda doador nos EUA para um transplante multivisceral

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Por José Maria Tomazela
Atualização:

SOROCABA - A menina Sofia Gonçalves de Lacerda, de 11 meses, que sofre de uma doença rara e está na fila de transplantes nos Estados Unidos, foi internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Jackson Memorial Hospital, em Miami, com infecção. A mãe, Patrícia Lacerda, usou as redes sociais na quinta-feira, 17, para pedir uma corrente de oração pelo restabelecimento da filha. Primeira na fila para um transplante multivisceral, que inclui órgãos como estômago, fígado, pâncreas e intestinos, ela precisa estar bem de saúde caso apareça um doador.

De acordo com Patrícia, a filha vinha aguardando a cirurgia em regime de homecare - fora do ambiente hospitalar -, mas precisou voltar ao hospital depois de apresentar febre de 40ºC. “Ao ser examinada, descobriram bactérias no sangue e a puseram na UTI, mas agora está reagindo bem aos antibióticos.” Sofia, que faz 1 ano no dia 24, véspera do Natal, nasceu com Síndrome de Berdon, doença rara que paralisa o sistema digestivo e só pode ser corrigida com o transplante multivisceral. 

Patrícia Lacerda troca a filha, Sofia, então com5 meses, no quarto do hospital Samaritano em Sorocaba Foto: ROBSON FERNANDJES/ESTADÃO

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Sem condições de ingerir alimentos, o bebê permaneceu internado após o parto. A família, que mora em Votorantim, interior de São Paulo, iniciou uma maratona na Justiça para conseguir um tratamento para a filha. O caso ganhou as redes sociais e mobilizou a população. A campanha Ajude a Sofia arrecadou cerca de R$ 2 milhões, mas os hospitais brasileiros não assumiram o risco da cirurgia.

Numa decisão inédita, a Justiça autorizou a família a viajar com a criança para os Estados Unidos e determinou ao governo brasileiro o custeio das despesas com o tratamento, incluindo a cirurgia, que tem custo de R$ 2,7 milhões. Há um mês, surgiu um doador, mas os órgãos não eram compatíveis. A família vive o drama de esperar pelo novo doador e torcer pela saúde da filha. “Vamos intensificar as orações pedindo a Deus que ela fique boa logo. Será um presente de Natal e para a vida toda”, disse a mãe.

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