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Acidentes em parques de diversões e playgrounds fazem 4 vítimas dia em SP

Faixa de 20 a 39 anos liderou o número de acidentes; grande parte dos acidentes ocorre por quedas ou lesões quando, por exemplo, a pessoa bate o rosto

Por Agência Brasil
Atualização:

Levantamento da Secretaria de Estado da Saúde mostrou que 1.641 pessoas se feriram em acidentes dentro de playgrounds e parques de diversões durante o ano passado. Foram, em média, 4,49 internações por dia em todo estado de São Paulo. De acordo com o médico supervisor do Grupo de Resgate e Atendimento a Urgência (Grau), Gustavo Feriani, as crianças se ferem, geralmente, nos playgrounds, enquanto o público adulto, em sua maioria, se acidenta em parques de diversões. A pesquisa revelou que a faixa etária de 20 a 39 anos liderou o número de acidentes, representando 36% do total de casos. O médico diz que, muitas vezes, as pessoas nessa idade excedem limites e se expõem mais a riscos. Segundo Feriani, grande parte dos acidentes ocorre por quedas de brinquedos ou lesões quando, por exemplo, a pessoa bate o rosto contra a cadeira dos carrinhos. “Um exemplo comum é o carrinho bate-bate, que tem o cinto mais frouxo. Ela [pessoa] pode bater o corpo contra o volante ou contra o próprio metal do brinquedo”, disse. Dependendo do tipo de acidente, os resultados podem ter consequências danosas para a saúde. “As pessoas podem ter traumatismos de crânio, face, coluna e abdominal, levando a sequelas muitas vezes irreversíveis”, disse. A maioria dos casos, no entanto, não costuma ser grave. “Foram poucos os casos fatais e, normalmente, quando é um caso fatal, a repercussão é muito grande”. O médico do Grau diz que as lesões mais comuns são simples, envolvendo membros superiores e inferiores. Adultos com idade entre 40 e 59 anos registraram 25% das hospitalizações e pessoas acima de 60 anos, 17% dos casos. Feriani explica que, no caso dos idosos, a falta de atendimento às limitações, como distância do vão entre as atrações e dificuldades no embarque e desembarque dos brinquedos, são os principais causadores de acidentes. O médico diz que esses problemas são mais comuns nos grandes parques, como os que ficam na região de Campinas. Isso explica, na opinião de Feriani, o alto índice de ocorrências nas proximidades do município, o equivalente a 76% de todo o estado de São Paulo. O grupo etário de crianças e adolescentes com até 19 anos registraram 22% das internações. Boa parte desses casos ocorreram em playgrounds e tiveram relação com mal uso dos brinquedos por crianças. De acordo com o médico, nesse tipo de parque, escorregadores podem representar grande risco quando usado de forma inadequada. “É comum ver a criança descendo de cabeça para baixo e barriga para baixo ou subindo no escorregador”, alerta o médico. Nos balanços sem encosto e dispositivos que prendam a criança à cadeirinha, a atenção tem que ser redobrada. “Em cadeiras de balanço vazadas na parte da frente e de trás, ela [criança] pode ser arremessada”, disse. Outro cuidado nos balanços é monitorar as pessoas que passam na frente dele para que não sejam atingidas. A maior recomendação, segundo o médico, é a prevenção. “Sempre que tiver uma criança brincando é bom ter um adulto por perto”.

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