Americano morto no Rio Grande do Sul não tinha gripe suína

'Exames preliminares já indicavam que a morte teria causas bacterianas e não virais', informa Secretaria de Saúde

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Por Redação
Atualização:

A Secretaria Estadual da Saúde divulgou nota nesta terça-feira, 30, informando que os exames feitos pela Fundação Osvaldo Cruz comprovaram que a causa da morte de um engenheiro mecânico norte-americano de 58 anos, ocorrida na sexta-feira, 26, não está associada à gripe A H1N1. Segundo a secretaria, o engenheiro chegou ao Estado no dia 21, foi internado num hospital de Montenegro, no Vale do Caí, na noite do dia 24, e entrou em estado de coma. "Exames preliminares já indicavam que a morte teria causas bacterianas e não virais", ressalta o texto.

 

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Mais cedo, o ministério da Saúde informou que foram confirmados 55 novos casos da gripe suína no Brasil, elevando para 680 o saldo de infectados no País. Dos novos pacientes, 45 foram registrados no Rio Grande do Sul, 3 no Piauí, 3 em Santa Catarina, 1 em Alagoas, 1 no Distrito Federal, 1 no Paraná e 1 em Sergipe.

 

A Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul, com apoio do Ministério da Saúde, acompanha a evolução do quadro clínico de um paciente, infectado no exterior, que está internado. Outros 933 casos já foram descartados. O Estado de São Paulo ainda acumula o maior número de casos da doença (308), seguido do Rio Grande do Sul (85), Minas Gerais (67), Rio de Janeiro (66) e Santa Catarina (49).

 

Porto Alegre

 

O Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) vai atender pacientes com suspeita de gripe em duas barracas cedidas pela Aeronáutica a partir desta quarta-feira. Num sistema de revezamento que vai funcionar 24 horas por dia, equipes formadas por um médico e um enfermeiro receberão as pessoas que apresentarem sintomas e poderão liberá-las, colher material para exames e recomendar isolamento caseiro ou interná-las numa área isolada do prédio, de acordo com a avaliação que fizerem.

 

O atendimento em barracas separadas evita que eventuais infectados pelo vírus A H1N1 circulem na área de emergência do hospital, onde haveria o risco de transmissão da gripe para pacientes debilitados por outras doenças, muitos dos quais em estado grave.

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O HCPA não é o primeiro hospital da capital gaúcha a criar uma central de triagem no seu pátio com o mesmo objetivo. Desde quinta-feira passada, o Hospital Conceição presta o primeiro atendimento a pacientes com suspeita de gripe dentro de um contêiner.

 

Um levantamento feito pela instituição indica que 600 pessoas procuraram o serviço até a meia-noite de segunda-feira. Uma delas ficou internada no final de semana e já foi liberada, enquanto 39 colheram material para exames e, por terem seus casos considerados como suspeitos, estão em isolamento domiciliar.

 

Como não é referência para tratamento de gripe, o HCPA espera demanda menor que o Conceição. Antes das barracas, suas equipes já haviam atendido 40 casos de pessoas com sintomas, em salas separadas da emergência. Nenhum caso foi confirmado.

 

São Gabriel

 

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Em São Gabriel, no sudoeste do Estado, cerca de 12 mil estudantes voltaram às aulas nesta terça-feira. O município de 62 mil habitantes e está em situação de emergência desde o dia 22. A prefeitura acredita que a medida serviu para conter a propagação da gripe. Segundo levantamento da Secretaria Municipal da Saúde, 31 pessoas contraíram a doença a partir do caso inicial de uma adolescente que chegou de viagem à Argentina. A menina está internada em estado grave no Hospital Universitário de Santa Maria. A maioria dos demais pacientes está em isolamento domiciliar com indicativos de boa recuperação.

 

(Com Elder Ogliari, de O Estado de S. Paulo)

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