SÃO PAULO - Ao perceber a revolução que as terapias de estimulação estavam fazendo na vida da filha, Andrea Simões, de 39 anos, não teve dúvidas: prestou vestibular para o curso de Fisioterapia para poder ajudar de forma mais direta no desenvolvimento da pequena Marianna, de 8 anos, que nasceu com microcefalia.
“O neurologista disse que ela era uma criança que podia ficar sem falar, sem andar, sem escutar. Quando passei a levá-la na reabilitação, me apaixonei por aquele trabalho. Ela pode aprender quase tudo, só que de forma mais lenta”, conta Andrea, hoje fisioterapeuta que, além de fazer exercícios em casa com a filha, atende crianças com microcefalia e outras deficiências no município de Normandia, em Roraima, Estado onde mora.
“Fui contratada há seis meses. Antes disso, a cidade nunca tinha tido um fisioterapeuta. E percebo que as crianças que nunca tiveram essa estimulação realmente não falam, não andam”, conta ela.