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Anvisa propõe fim de termômetros com mercúrio no Brasil

Consulta pública vai discutir como banir equipamentos; substância pode causar contaminação ambiental e problemas de saúde

Por Ligia Formenti
Atualização:
Descarte inadequado pode levar à contaminação ambiental Foto: AFP

BRASÍLIA - Termômetros e aparelhos de pressão com coluna de mercúrio deixarão de ser fabricados e vendidos no Brasil. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) abriu nesta segunda-feira, 21, uma consulta pública para discutir a forma para o fim do uso desses equipamentos em todo o País. A proposta que está sob análise prevê a retirada dos produtos até 2019.

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O presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Jarbas Barbosa, afirmou em entrevista ao Estado que o descarte de equipamentos feito de forma inadequada pode levar à contaminação ambiental. “Mercúrio é um produto tóxico, que em altas concentrações pode afetar o sistema nervoso e rins, por exemplo”, disse.

A cidade japonesa de Minamata enfrentou, na década de 1950, um aumento expressivo de nascimentos de bebês com anencefalia, problema que mais tarde foi associado ao lançamento de mercúrio por uma indústria na bacia da região. Em 2013, durante a Convenção de Minamata, 140 países, incluindo o Brasil, comprometeram-se a abandonar o uso do metal até 2020. 

“Não haverá dificuldades. Empresas já estão cientes de que o metal deverá deixar de ser usado nos equipamentos. O banimento da substância é uma tendência mundial”, disse.

A consulta pública deverá ficar aberta por dois meses.

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