Após briga na Justiça, criança é operada e fica em pé pela primeira vez

Júlia Marcheti Ferraz, de 5 anos, conseguiu dar primeiros passos nesta semana após ser levada de SP para cirurgia nos EUA

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Por RENE MOREIRA
Atualização:

RIBEIRÃO PRETO - Após travar uma briga na Justiça para conseguir a cirurgia da filha nos Estados Unidos, a família de Júlia Marcheti Ferraz, de 5 anos, tem motivos para comemorar. Quatro dias após ser operada no St. Louis Children's Hospital, no estado do Missouri, a criança ficou em pé pela primeira vez e ensaiou também os primeiros passos.

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A cena foi registrada pelo pai Alexandre Ferraz, que retornou ao Brasil nesta terça-feira, 10. A criança deve receber alta em março e também voltará para Ribeirão Preto, cidade paulista de origem da família. Júlia tem paralisia cerebral.

A família moveu uma ação na Justiça e, mesmo depois do resultado favorável, enfrentou outros entraves. Agora a expectativa é de que a criança retorne já se movimentando, usando para isso algum acessório, como uma muleta. Ela passou por uma cirurgia de rizotomia dorsal seletiva e o pai diz ter chorado de alegria ao ver a filha de pé.

Júlia Marqueti, de 5 anos, ensaiou os primeiros passos após cirurgia nos Estados Unidos Foto: Reprodução

"Meu presente de até logo que me fez chorar muito de alegria", contou ele sobre os momentos antes de deixar os Estados Unidos. Júlia deve passar agora por um processo para fortalecer as pernas. O vídeo em que ela aparece em pé pela primeira vez foi feito no final da tarde desta segunda-feira, 9.

O pai diz que a filha está feliz e não se parece com a criança que deixou o Brasil, pois fica até se movimentando e virando na cama. Desde os oito meses de idade ela não se mexia da cintura para baixo e somente saía da cama colocada no andador e com a ajuda dos pais. Isso em razão de uma paralisia cerebral que causa rigidez muscular.

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Espera. A família acionou a Justiça em dezembro após o hospital aprovar a internação da criança. Uma liminar favorável foi obtida, mas o Ministério da Saúde conseguiu reverter argumentando que instituições como o Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto poderiam fazer a cirurgia.

Depois de muita disputa, a Justiça Federal deu prazo para que os US$ 42 mil do tratamento fossem depositados, porém, foi somente no dia 22 de janeiro que houve a liberação do dinheiro e o encaminhamento da criança para os Estados Unidos.

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