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Atlantis aterrissa e encerra a Era dos Ônibus Espaciais

Nave pousou no Centro Espacial Kennedy por volta das 6h57 desta quinta-feira

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Por Redação
Atualização:

SÃO PAULO - O Atlantis encerrou a missão STS-135 por volta das 6h57 (horário de Brasília) desta quinta-feira, 21. Após levar suprimentos para cerca de um ano para a tripulação da Estação Espacial Internacional (ISS) e testar um mecanismo de abastecimento automático, a nave encerra a jornada e o programa tripulado de ônibus espaciais da Nasa.

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"Missão cumprida, Houston. Após servir o mundo por 30 anos, o ônibus espacial conquistou seu lugar na história e agora faz sua última parada", foram as primeiras palavras do comandante Chris Ferguson ao pousar em Cabo Canaveral. "Aproveitamos esta oportunidade para parabenizar vocês, Atlantis, assim como os milhares de indivíduos apaixonados em toda esta nação exploradora do espaço que realmente deram poder a esta espaçonave incrível que, por três décadas, inspirou milhões por todo o globo. Bom trabalho, América!", foi a resposta dada pelo controlador da Nasa.

Os astronautas desta missão, além do comandante Chris Ferguson, foram o piloto Doug Hurley e os especialistas de missão Sandra Magnus e Rex Walheim, o primeiro a sair da nave após a aterrissagem. Logo cedo, eles foram acordados pela equipe da Nasa com a música

God Bless America

, interpretada por Kate Smith, que foi dedicada também para todas as pessoas que participaram do programa durante os últimos 30 anos.

Com a aposentadoria dos ônibus espaciais, o Atlantis ficará exposto no Centro Espacial Kennedy. Os demais veículos, Discovery e Endeavour, assim como a nave de testes Enterprise também serão expostos nos Estados Unidos como peças de museu.

Início de uma nova era

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O fim do programa de ônibus espaciais não significa que os Estados Unidos deixarão de enviar astronautas ao espaço. Muito pelo contrário. A agência espacial americana está de olho em alvos mais distantes, além da órbita baixa da Terra, onde encontra-se a ISS.

Para os próximos anos, os EUA irá pagar por assentos em naves, como na russa Soyuz, para levar seus astronautas para a ISS. Em meados desta década, o plano é passar a pagar pelos serviços de companhias particulares de transporte espacial. Cada "passagem" na Soyuz custa cerca de US$ 51 milhões. Já o preço das empresas particulares para uma viagem em 2014 custa por volta de US$ 63 milhões.

Agora, os Estados Unidos poderão focar em novos desafios, como o desejo de levar uma missão tripulada a Marte e explorar corpos celestes distantes. Em recente discurso na Comissão de Ciências, Espaço e Tecnologia da Câmara dos Representantes dos EUA, o diretor da Nasa, Charles Bolden, disse que "as crianças de hoje caminharão em Marte", deixando claro o principal foco da Nasa a partir de agora.

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