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Baixada Santista ganha agência para cuidar da saúde pública

Meta é promover reorganização de serviços, controle e prevenção de doenças

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Por Redação
Atualização:

SANTOS - O governo do Estado de São Paulo oficializou nesta segunda-feira, 17, a criação da Agência de Saúde da Baixada Santista, com o objetivo de planejar ações integradas para melhorar a saúde pública na região, incluindo a reorganização dos serviços, controle de doenças, prevenção e promoção de saúde. Diretor do Hospital Estadual Emílio Ribas, o infectologista David Uip foi escolhido para comandar o grupo - inédito no Estado -, que contará com a participação dos secretários municipais de Saúde das nove cidades da Baixada. O secretário da Saúde de Santos, Odílio Rodrigues Filho, participou nesta segunda da reunião inaugural do grupo, em São Paulo, comandada pelo secretário de Estado da Saúde, Giovanni Guido Cerri. "Toda ajuda é bem-vinda, e a gente fica esperançoso de que consiga resolver os problemas que tem na saúde da região", disse Rodrigues Filho, completando que os secretários ficaram sabendo que serão convocados em breve por Uip para a primeira reunião de trabalho. "Eles fariam um diagnóstico, mas todos nós que somos gestores sabemos quais são os problemas da Baixada e já passamos para eles", afirmou o secretário municipal, que citou entre os principais problemas a falta de investimentos na região, seja por meio do não-repasse de verbas, seja pela escassez de novos leitos gerais e de UTI. "A região tem 4% da população do Estado, e o investimento é de 0,96%, fora as características da sazonalidade. Há um aumento muito grande da população no verão, o que traz um custo extra e não tem aporte de recursos", disse Rodrigues Filho, completando que o deficit de leitos gerais e de UTI ultrapassa mil leitos na Baixada. "A única cidade com leitos suficientes, considerando a conta de 2,5 para mil habitantes, é Santos. Em Bertioga, por exemplo, não há nenhum leito de UTI". Rodrigues Filho lembrou ainda que o clima "quente e úmido" contribui para a manifestação de doenças endêmicas na região, como a dengue.

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