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Bebê Sofia passa por transplante múltiplo nos Estados Unidos

Criança com Síndrome de Berdon foi enviada ao país pelo governo brasileiro e estava na fila do transplante havia nove meses

Foto do author José Maria Tomazela
Por José Maria Tomazela
Atualização:

SOROCABA - A menina Sofia Gonçalves de Lacerda, de um ano e três meses, passa por um transplante simultâneo de seis órgãos do aparelho digestivo, na tarde desta sexta-feira, 10, no Jackson Memorial Hospital, nos Estados Unidos. A criança, que nasceu com a Síndrome de Berdon, uma doença rara, foi enviada ao país norte-americano pelo governo brasileiro e estava na fila do transplante havia nove meses. Ela é a primeira criança brasileira a ser submetida a esse tratamento no exterior com custeio público.

Uma equipe médica faz o transplante de estômago, fígado, pâncreas, intestino delgado, intestino grosso e de um dos rins. De acordo com a mãe do bebê, Patrícia Lacerda, ela e o marido, que estão nos Estados Unidos acompanhando a filha, foram informados na noite de quinta-feira de que havia surgido um doador. "Sim, o anjinho doador apareceu e hoje nossa bonequinha recebe novos órgãos", postou Patrícia na página da campanha na rede social Facebook. No último contato feito com os pais, por volta das 16 horas, no horário brasileiro, o médico Rodrigo Vianna, responsável pelo tratamento da menina, disse que a cirurgia corria bem. Não havia prazo para terminar a operação.

Patrícia Lacerda troca a filha, Sofia, então com5 meses, no quarto do hospital Samaritano em Sorocaba Foto: ROBSON FERNANDJES/ESTADÃO

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Por causa da doença, desde que ela nasceu, Sofia era alimentada diretamente na veia. Sem o transplante, ela teria poucos meses de vida. A mãe do bebê, Patrícia Lacerda, fez uma campanha nas redes sociais pedindo ajuda. Além de conseguir arrecadar cerca de R$ 2 milhões, a família conseguiu na Justiça que a cirurgia nos Estados Unidos fosse bancada pelo governo federal. Ficou comprovado que os hospitais brasileiros não tinham condições de fazer o transplante com segurança. O tratamento custa cerca de R$ 2,5 milhões.

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