Bloco 'Xô Zika' divulga formas de combate ao 'Aedes'

No Rio, o vírus é suspeito de ter causado ao menos 171 casos de microcefalia, desde janeiro de 2015

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Por CONSTANÇA REZENDE E FÁBIO GRELLET
Atualização:
O mosquito 'Aedes aegypti' é transmissor do zika, da dengue e da chikungunya Foto: Sérgio Castro/Estadão

RIO - Em meio aos desfiles dos blocos de carnaval, o governo do Estado do Rio começou no último fim de semana uma ação inédita de combate ao mosquito Aedes aegypti. São distribuídos camisetas, ventarolas, bastões infláveis e bexigas do bloco “Xô Zika”, criado para divulgar as formas de combate e o risco das doenças causadas pelo mosquito. 

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No Rio, o zika é suspeito de ter causado ao menos 171 casos de microcefalia, desde janeiro de 2015, segundo boletim da Secretaria Estadual de Saúde. 

No sábado passado, o “Xô Zika” se infiltrou no cortejo do bloco Spanta Neném, na Lagoa Rodrigo de Freitas, zona sul. Crianças e adultos, principalmente as grávidas, vestiram a camiseta que alerta contra o transmissor do zika vírus. 

Ao todo, 505 blocos desfilarão pelas ruas do Rio até 14 de fevereiro, quando a folia será oficialmente encerrada. Segundo a secretaria, já foram distribuídas 3,5 mil camisetas, 8 mil ventarolas, mil bastões infláveis e 500 bexigas coloridas.

“Precisamos contar com a parceria da população para evitar a proliferação do mosquito, inclusive no período do carnaval. O combate ao Aedes aegypti começa dentro das nossas casas e o zika vírus representa um perigo maior para as grávidas porque pode causar a microcefalia nos bebês”, disse o secretário estadual de Saúde, Luiz Antônio Teixeira Júnior.

A prefeitura do Rio também intensificou as ações de combate ao Aedes nos principais palcos do carnaval. Na terça, 25 agentes fizeram vistoria e aspersão de inseticida no Sambódromo, região central. As entidades do setor de turismo informam desconhecer casos de desistência de viagens ao Rio motivados pela proliferação das doenças. 

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