O Brasil e mais 13 países, além de seis laboratórios, prometeram doar à Organização Mundial da Saúde (OMS) 190 milhões de doses de vacinas para a nova gripe, revelou nesta última terça-feira, 5, a agência de saúde das Nações Unidas.
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Os países doadores são, além do Brasil, Alemanha, Austrália, Bélgica, França, Eslovênia, Estados Unidos, Itália, Japão, Nova Zelândia, Noruega, Reino Unido, Suécia e Suíça.
Segundo a porta-voz Fadela Chaib, as fabricantes são Sanofi Pasteur, GSK, MedImmune, CSL, Becton, Dickinson & Company (BD) e Temptine.
Além disso, a OMS recebeu promessas de doação de 75 milhões de seringas e de US$ 70 milhões para despesas logísticas.
O objetivo é que o organismo da ONU distribua depois as vacinas e outros materiais para a imunização entre 95 países em desenvolvimento que não têm a capacidade de produzir suas próprias vacinas nem os meios financeiros para comprá-las.
Com algumas semanas de atraso em relação ao calendário inicialmente fixado, as primeiras doses de vacinas contra o vírus AH1N1 devem chegar entre quinta-feira e o fim de semana à Mongólia e ao Azerbaijão, que receberão 100 mil e 172 mil doses, respectivamente.
Segundo os planos estabelecidos pela OMS, as primeiras doações permitirão vacinar 2% da população dos países beneficiados.
O terceiro país para onde se planeja enviar vacinas é o Afeganistão, embora neste caso seriam necessárias ainda entre duas e três semanas para que as primeiras doses chegassem, disse Chaib.
Sobre a excessiva quantidade de vacinas que alguns países ricos compraram, particularmente frente à frágil demanda de suas povoações, a porta-voz disse que tal decisão correspondeu exclusivamente aos Governos.
Ela esclareceu, além disso, que "a OMS não tem nenhum papel em qualquer discussão governamental ou negociação a respeito da venda do excesso de reservas de vacinas".