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Britânico é diagnosticado com mal de Parkinson aos 23 anos

John Crossley-Stanbury começou a sentir os sintomas da doença quatro anos antes

Por Jane Elliott
Atualização:

LONDRES - Um britânico de apenas 23 anos, que sempre teve um estilo de vida saudável, foi diagnosticado com mal de Parkinson - uma doença progressiva e incurável mais comum em pessoas idosas.

 

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John Crossley-Stanbury notou os primeiros tremores em um dedo da mão aos 19 anos, mas ignorou o problema, pensando se tratar apenas de um problema local, em um nervo da mão. Dois anos depois, após uma consulta com o clínico geral, Stanbury foi encaminhado para um neurologista. Mas o especialista afirmou que o problema não era grave. No entanto, mais dois anos se passaram e, após uma série de exames pedidos pelos médicos, o jovem recebeu o diagnóstico de mal de Parkinson. As pessoas diagnosticadas com esta doença têm falta de dopamina, uma substância que permite o envio de informações das células nervosas a outras células. Os sintomas incluem, além de tremores, rigidez dos músculos e dificuldade de locomoção. "Meu neurologista fez certo ao fazer exames para todas as outras possibilidades", disse Stanbury, hoje com 26 anos e morador do condado de South Yorkshire, no centro-norte da Inglaterra. "Acho que minha idade tornou o diagnóstico mais lento. Todos pensam que é uma doença de idosos, mas afeta também pessoas jovens", afirmou. Esperança e desconfiança Stanbury agora tem problemas para caminhar e já sofreu de depressão e problemas do sono. Mas afirma que é importante passar uma mensagem de esperança para as pessoas. "Quando me contaram que era (uma doença) progressiva e que ficaria pior, foi assustador. E, para piorar, fiz minha própria pesquisa pela internet e os únicos casos que encontrei já estavam nos estágios mais avançados", disse. "Eles não podiam falar, alguns não andavam, estavam imóveis." O jovem despertava tanta descrença nas pessoas em relação ao seu diagnóstico que ele passou a carregar uma carta de seu médico atestando que seu tremor era causado pela doença. "As pessoas já pensaram que eu bebi ou era um viciado em drogas e muitos olhavam feio", afirmou. Autobiografia Stanbury afirma que, desde que superou o choque pelo diagnóstico da doença, resolveu ser mais positivo e agora está escrevendo sua autobiografia. "Ter Parkinson me fez querer fazer mais coisas criativas mais rapidamente, antes que eu não possa mais fazer", disse Stanbury que costumava ter sua própria editora. Para ele, falar ao público a respeito da doença é muito importante para melhorar a compreensão do mal de Parkinson. "O público em geral não tem muito conhecimento a respeito do mal de Parkinson ou sobre seus efeitos nas pessoas", disse. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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