Butantã ainda não recebeu verba para vacina contra o zika

Ministério da Saúde repassaria R$ 30 milhões para as primeiras ações da pesquisa para o imunizante, o que ainda não aconteceu

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Por Fabiana Cambricoli
Atualização:
O mosquito 'Aedes aegypti' é transmissor do zika, da dengue e da chikungunya Foto: Sérgio Castro/Estadão

Embora tenha colocado como prioridade o desenvolvimento de uma vacina contra o zika vírus, o Ministério da Saúde ainda não repassou verbas para esse fim ao Instituto Butantã, um dos três centros de pesquisa brasileiros engajados na criação de um imunizante contra a doença. A afirmação é de Jorge Kalil, diretor do instituto, que no dia 15 de janeiro se reuniu em São Paulo com o ministro da Saúde, Marcelo Castro, com o objetivo de estabelecer detalhes da parceria. Na ocasião, ficou acordado que a pasta repassaria R$ 30 milhões para as primeiras ações da pesquisa, o que ainda não aconteceu. A demora foi revelada nesta quinta-feira pela BBC Brasil.

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“O ministro não deu prazo, mas disse que faria o mais rápido possível. O ministério está dando apoio às questões do zika, mas o sistema é burocrático, tem milhares de papéis, milhares de comprovantes que são absolutamente ridículos. A gente perde agilidade e estamos em uma urgência”, diz Kalil. O diretor do instituto também afirmou que aguarda o repasse federal de R$ 300 milhões para a realização da fase 3 da pesquisa da vacina contra a dengue. “Por enquanto estamos fazendo os primeiros passos com verba própria, mas é muito pouco que temos.”

Elaboração. Segundo o ministério, a proposta de desenvolvimento de uma vacina contra o zika ainda está em elaboração. A pasta afirmou “que o pré-projeto somente foi enviado pelo laboratório após a reunião realizada no dia 15 de janeiro” e todo o processo “está sendo acompanhado pela direção do Instituto Butantã”. Disse ainda que o documento vai prever recursos para a fase 3 da vacina contra a dengue. 

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