O Ministério da Saúde da Argentina informou nesta quinta-feira, 28, que os casos confirmados de influenza A (H1N1), a gripe suína, duplicaram no país nos últimos dois dias. Segundo dados do boletim divulgado pelo órgão, até a noite da última quarta-feira, 27, as ocorrências da doença haviam passado de 19 para 37.
A maioria dos novos contaminados são alunos do colégio Fray Mamerto Esquiú, do bairro portenho de Belgrano, de classe média alta, que tiveram algum contato com a primeira infectada, uma garota que havia viajado para Orlando, Estados Unidos. Sete escolas do país suspenderam as aulas até o dia 8 de junho.
A ministra de Saúde, Graciela Ocaña, esclareceu que nenhum dos adolescentes apresentou sintomas muito diferentes de uma gripe normal. Os pacientes estão sob tratamento ambulatorial em seus lares e não tiveram complicações médicas. Todos, assim como suas respectivas famílias, foram tratados com a droga Tamiflu, distribuída pelo Ministério de Saúde.
A ministra informou que o Instituto Malbrán estuda outros 118 casos suspeitos de contágio do vírus da gripe suína. As recomendações do Ministério aos colégios é que analisem a suspensão das viagens estudantis aos países mais afetados, como os Estados Unidos. Às pessoas que estão regressando destes países, a recomendação é que evitem contatos com os demais por um período de 10 dias.
Além do surto, a Argentina está sendo "responsabilizada" pelos dois casos identificados na quarta-feira no Uruguai. Segundo o Ministério da Saúde uruguaio, uma adolescente de 15 e um jovem de 24 anos foram contaminados depois de uma viagem à Buenos Aires, de onde regressaram na última segunda-feira.
No Chile, o número de infectados pela gripe suína subiu de 86 para 168, dos quais dois se encontram em estado grave, após a confirmação de 49 novos casos pelo Instituto de Saúde Pública do país. Desses, 42 casos estão na região metropolitana de Santiago, capital chilena.