Casos de gripe suína crescem no México, EUA e Espanha

Criança mexicana em tratamento no Texas foi a primeira morte causada pela doença confirmada nos EUA

PUBLICIDADE

Por Agências internacionais
Atualização:

 CIDADE DO MÉXICO  - O número de pessoas afetadas pela gripe suína no México subiu para 49 nesta quarta-feira, 29, informou o governo do país. Os casos suspeitos passam de 2,5 mil. Até agora sete mortes foram causadas pela doença, mas o número de óbitos suspeitos é de 159. Os  novos casos confirmados nos EUA, onde a primeira morte foi anunciada hoje, subiram, para 91, e na Espanha, para dez. 

 

Veja também:

 

O prefeito da Cidade do México, Marcelo Ebrard, disse que o número de mortes está se está se estabilizando. Nas últimas 24 horas, uma morte suspeita foi registrada e o número está em 159.

PUBLICIDADE

Segundo Ebrard, se esta tendência continuar, a prefeitura pode amenizar algumas restrições à circulação de pessoas na cidade. Escolas, restaurantes e academias estão fechadas.

 

Foram detectados no país 2.498 pessoas com síndrome respiratória aguda severa, possivelmente associadas à influenza suína, das quais 1.311 seguem hospitalizadas. O prefeito Ebrard reiterou que os dois objetivos da prefeitura são "frear a velocidade de contágio do vírus" e "reduzir ao máximo possível ou até evitar novas mortes".

 

"Quando confirmarmos que todas as medidas alcançaram esse objetivo e que o número de mortes está caindo, então poderemos fazer com que a cidade passe de uma etapa de alerta máximo a uma de alerta", disse o político.

 

Morte nos EUA

Publicidade

 

Nos EUA, o número de pessoas com a gripe suína subiu de 65 para 91 e a doença foi registrada em dez Estados. Uma criança mexicana de dois anos que fazia tratamento no Texas foi a primeira vítima fatal da doença no país.

 

Infelizmente tenho de confirmar a primeira morte causada pelo vírus H1N1", disse o diretor do Centro de Controle de Doenças dos EUA (CDC), Richard Bresser. Segundo ele, casos mais graves e novas mortes devem aparecer. A notícia, no entanto, não deve mudar a linha de combate à doença.

 

"Não mudamos nossas recomendações. São as medidas certas para reduzir o risco à população", disse Besser. O CDC sugere que cuidados de higiene e evitar contato com pessoas doentes limita o contágio do vírus.

 

Mais países afetados

 

Alemanha, Áustria e Costa Rica entraram para a lista de países com casos registrados de gripe suína. As autoridades alemãs confirmaram que três pessoas foram infectadas com a doença. Dois dos pacientes voltaram recentemente de uma viagem ao México, onde teria começado o atual surto da doença.

 

O ministério da Saúde austríaco também confirmou que uma mulher de 28 anos ficou doente após voltar de uma viagem à Guatemala, que teve escala no México. Ela está internada, mas passa bem. Nas primeiras horas desta quarta-feira, a Costa Rica também confirmou dois casos da gripe suína.

 

Além do México, país com maior número de doentes, e EUA, o vírus atingiu também Canadá, Espanha, Reino Unido, Nova Zelândia e Israel.

Publicidade

 

Novos casos confirmados

 

O Ministério da Saúde da Espanha confirmou nesta quarta-feira dez casos de gripe suína no país. Um deles é de uma pessoa que não esteve no México. No comunicado da pasta, foi informado que há outros 59 casos sob investigação.

 

Nesta manhã, o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, anunciou que mais três casos da gripe suína foram registrados no Reino Unido. Uma pessoa ficou doente em Londres, outra em Birmingham e uma terceira na cidade de Torbay. Todas foram medicadas e têm respondido bem ao tratamento.

 

O número de suspeitas na Nova Zelândia subiu de 11 para 14. Apenas uma delas não estava em um grupo de estudantes que viajou recentemente para o México, mas também voltou recentemente da América do Norte. Os doentes estão respondendo bem ao tratamento. Três casos estão confirmados no país.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.