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Cidade de SP instala bandeiras vermelhas em áreas com 'Aedes'

Estandarte está presente em 13 bairros de Batatais em que foi constatada maior presença do mosquito transmissor da dengue

Foto do author José Maria Tomazela
Por José Maria Tomazela
Atualização:
Bandeira vermelha indica alta incidência do mosquito da dengue Foto: DIVULGAÇÃO / PREFEITURA DE BATATAIS

SOROCABA - Para alertar moradores e visitantes sobre o risco de transmissão e motivar o combate ao mosquito, a prefeitura de Batatais, interior de São Paulo, decidiu instalar bandeiras vermelhas nos bairros com maior incidência de dengue. As bandeiras, com cinco metros de altura, avisam tratar-se de "área infectada" e chamam a atenção de quem passa. O estandarte está presente em 13 bairros da cidade em que foi constatada maior presença do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikunguya e zika vírus, e onde já houve casos de dengue.

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O plano da prefeitura é trocar a cor vermelha pela laranja, assim que houver redução no índice de larvas e, depois, pela cor verde, quando o índice estiver muito reduzido. De acordo com o vice-prefeito José Paulo Fernandes, responsável pela área de comunicação do governo, o objetivo é causar impacto nos moradores. "Percebemos que muitas vezes o munícipe se acomoda, apesar de toda a divulgação sobre a importância da prevenção, com a eliminação de recipientes com água parada." 

Segundo ele, em muitos bairros onde a prefeitura realizou mutirões de limpeza, dias depois voltaram a ser encontrados focos com larvas do mosquito. A expectativa é de que o alerta público motive os moradores a acabar com criadouros do mosquito. "No bairro Adolfo Pregnolato, vizinho de onde moro, a população já se mobilizou para trocar logo a cor da bandeira. Eles mesmos estão buscando os criadouros." 

A prefeitura, segundo ele, também intensificou as ações. Em novembro, foi realizada uma varredura em toda a cidade, com a retirada de mais de trinta caminhões de material inservível. Mesmo assim, os bairros com bandeiras vermelhas ainda têm alto índice de larvas. "Estamos voltando de casa em casa para ver se ainda há possíveis criadouros", disse. Desde o início do ano, foram registrados 383 casos de dengue na cidade, bem acima da média anual de 100 casos. Não houve, no entanto, registros de chikungunya e zika.

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