Cientistas apresentam nos EUA braço biônico controlado pelo pensamento

A equipe foi capaz de restabelecer a sensibilidade da pele do braço amputado em muitos dos pacientes que se submetem à cirurgia

PUBLICIDADE

Por Efe
Atualização:

WASHINGTON - A tecnologia pode ser o melhor aliado do homem, como demonstrou nesta quinta-feira, 17, um grupo de cientistas que apresentaram o primeiro braço biônico que pode ser movido com impulsos cerebrais.

 

Veja também:

 

PUBLICIDADE

"A mente, o corpo e a máquina" foi o tema com o qual foi inaugurada a reunião anual da Associação Americana para o Avanço da Ciência (AAAS, na sigla em inglês), que este ano é realizada em Washington.

 

Coube ao doutor Todd Kuiken, diretor do centro de medicina biônica e diretor do departamento de amputados do Instituto de Reabilitação de Chicago (RIC), apresentar no fórum a Targeted Muscle Reinervation (TMR).

 

Kuiken e sua equipe desenvolveram este inovador procedimento cirúrgico que redireciona os sinais do cérebro aos nervos dos músculos que ficam sãos após uma amputação, permitindo que os pacientes controlem suas próteses apenas pensando nas ações que desejam realizar.

 

Utilizando esta tecnologia, Kuiken e sua equipe criaram o primeiro braço biônico do mundo controlado pelos nervos, que obedecem aos impulsos cerebrais do paciente e que até o momento foi implantado em 50 pessoas em todo o mundo, muitos deles militares feridos em combate.

 

A ideia é no futuro criar uma perna biônica com a mesma tecnologia, explicou Kuiken, que esteve acompanhado de Martin Baechler, cirurgião do Walter Reed Army Medical Center, e de Glen Lehman, um sargento aposentado que perdeu um braço no Iraque e que se beneficiou da nova criação.

Publicidade

 

Kuiken e sua equipe seguem desenvolvendo o procedimento TMR para continuar melhorando a mobilidade dos pacientes tornando mais eficiente a decodificação do sinal bioelétrico e promovendo ajustes nos sistemas de controle das próteses.

 

Além disso, a equipe foi capaz de restabelecer a sensibilidade da pele do braço amputado em muitos dos pacientes que se submetem à cirurgia, embora não tenha sido possível fazer o mesmo com o tato.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.