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Cientistas criam 'vacina adesivo' para evitar dor de injeção

Pesquisadores fizeram testes da nova tecnologia com camundongos

Por Emma Wilkinson
Atualização:

 

Imagem ampliada das microagulhas, preenchidas com corante para simular a carga de vacina. AP

 

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Pesquisadores americanos estão desenvolvendo uma vacina em forma de adesivo que poderia substituir as dolorosas seringas de injeções.

O adesivo tem centenas de agulhas microscópicas que se dissolvem quando em contato com a pele.

Cada adesivo contem 100 "microagulhas" com 0,65 milímetros de comprimento. Os adesivos foram desenvolvidos pela Emory University e pelo centro científico Georgia Institute of Technology.

Testes feitos em camundongos mostraram que a nova tecnologia pode ser até mais eficaz na imunização contra doenças como gripe.

Custo

Camundongos que receberam vacina antigripe através dos adesivos desenvolveram um sistema imunológico mais resistente do que os que receberam a vacina pelo método tradicional.

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Em pesquisa publicada na revista científica Nature Medicine, os cientistas disseram que com os adesivos as pessoas poderiam administrar as vacinas em si mesmas.

Hoje em dia, a maioria das vacinas precisa ser administrada por pessoas com treinamento em enfermagem.

A tecnologia também ajudaria a aplicação de vacinas em larga escala durante pandemias ou em situações de calamidade.

"Nós imaginamos as pessoas recebendo o adesivo pelo correio ou comprando na farmácia e se automedicando em casa", afirma Sean Sullivan, pesquisador da Georgia Tech.

"Como as microagulhas do adesivo se dissolvem na pele, não sobrariam agulhas perigosas no processo."

Richard Compans, professor da Emory University e co-autor do artigo, explica que as microagulhas não precisam penetrar muito profundamente na pele, pois há muitas células do sistema imunológico imediatamente abaixo da superfície da pele.

"Esperamos poder fazer alguns testes em humanos em alguns anos", disse.

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Na pesquisa publicada na revista científica, os pesquisadores usaram apenas vacina antigripe, mas eles esperam poder desenvolver adesivos com outros tipos de vacinas. Outro desafio da pesquisa é manter o custo baixo, no mesmo nível da produção de seringas.

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