CNPq não dá respostas plausíveis, dizem alunas

Duas bolsistas discutem a suspensão do pagamento do Ciência sem Fronteiras

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Por Redação
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Mesmo apresentando a documentação para a renovação da bolsa no prazo, alunas tiveram o pedido indeferido sem maiores explicações. Isso é o que contam duas bolsistas do programa Ciência sem Fronteiras em um bate-papo promovido pelo Estado.

 

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As alunas Yara Barros, que pesquisa genética na Universidade de Coimbra, em Portugal, e Caroline Sampaio, que estuda habitação em áreas de vulnerabilidade climática na Universidade Técnica de Munique, na Alemanha, conversaram com o repórter Paulo Saldaña sobre o corte de recursos do programa.

 

"Bem antes do prazo mandei emails perguntando pelos documentos necessários, mas recebi como resposta que não estava prevista a renovação. Questionei e recebi o mesmo email", diz Caroline.

 

Após a publicação da reportagem, Caroline mandou os documentos mas recebeu novamente uma negativa dizendo que faltavam três documentos, que não estavam previstos inicialmente. "É frustrante porque leva tanto tempo entrar num projeto de pesquisa, superar as dificuldades da língua e das disciplinas e quando começamos a produzir recebemos uma resposta vazia", desabafa.

 

O programa prevê que os alunos voltem ao Brasil ao fim da bolsa. Além de abandonarem os projetos pela metade, se não conseguirem a renovação as alunas também se perguntam como será a continuidade do semestre aqui.

 

O projeto, uma das apostas do governo federal para a formação de pesquisadores, decidiu não renovar bolsas de pelo menos 25 estudantes que estão no exterior, forçando-os a abandonar estudos e pesquisas. O grupo teve indeferida a renovação das bolsas para o próximo semestre sem motivo ou explicação e pede, em um abaixo-assinado, que a situação seja reavaliada.

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