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Com novo caso de chikungunya, sobe para 15 nº de doentes em SP

Paciente é missionário que retornou em 24 de julho de um trabalho no Haiti. Todos os casos registrados no Estado são importados

Foto do author José Maria Tomazela
Por José Maria Tomazela
Atualização:

SOROCABA - Um caso de chikungunya - doença semelhante à dengue, também transmitida pelo Aedes aegypti - foi confirmado nesta quinta-feira, 7, pelo serviço de vigilância epidemiológica de Araçoiaba da Serra, região de Sorocaba. Com isso, sobe para 15 o número de casos da doença no Estado de São Paulo. Todos são importados, ou seja, os pacientes adquiriram o vírus em outro país, segundo a Secretaria de Estado da Saúde.

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O 15.º caso confirmado é de um missionário que retornou no dia 24 de julho de um trabalho no Haiti. Ele está em repouso e isolado em casa para evitar a propagação. Segundo a vigilância, ele já apresentava os sintomas quando chegou da viagem.

Um dia após a notificação da suspeita foram feitas coletas de material para exame e iniciado o bloqueio do caso, com a aplicação de inseticidas em 379 residências próximas. Como a doença é transmitida pelo Aedes, é preciso tentar manter o mosquito sob controle para evitar que novos casos.

De acordo com a prefeitura de Araçoiaba da Serra, a cidade não registrou casos autóctones (contraídos na própria cidade) de dengue em 2014, o que indicaria que o mosquito está controlado.

O que é. A confirmação da doença foi feita pela Delegacia Regional de Saúde (DRS), após exames em laboratório credenciado. A febre chikungunya é uma doença viral parecida com a dengue. Os sintomas iniciais são febre alta, de início repentino, dores intensas nas articulações de pés e mãos, dedos, tornozelos e pulsos, dores de cabeça, dores musculares e manchas vermelhas na pele. Diferentemente da dengue, uma parte dos indivíduos infectados pode desenvolver a forma crônica da doença, com a permanência dos sintomas, que podem durar entre seis meses e um ano.

A doença é comum em algumas regiões da África e já teve casos em países da Ásia e da Europa. Recentemente o vírus foi identificado em ilhas do Caribe e na Guiana Francesa, que faz divisa com o Estado do Amapá. No Brasil, a preocupação é maior porque o Aedes aegypti e o Aedes albopicus, mosquitos transmissores da dengue e da febre amarela, têm condições de espalhar esse novo vírus pelo País.

Seu ciclo de transmissão é mais rápido que o da dengue. Em no máximo sete dias, o mosquito começa a transmitir o vírus para a população que não tenha anticorpos contra ele. De acordo com a Secretaria de Saúde do Estado, os casos de infecção pelo vírus chikunguya em São Paulo acometeram principalmente soldados do Exército brasileiro que retornaram de uma missão de paz no Haiti. Os pacientes foram tratados e não houve óbito.

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