Conferência Episcopal Italiana diz que 'mataram' Eluana Englaro

A agência dos bispos italianos ressaltou que é necessário que o Estado tome medidas para situação não se repita

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Por Efe
Atualização:

A morte de Eluana Englaro "não foi natural, foi morta por quem a privou de comida e água", afirmou o Serviço de Informação Religiosa (SIR) da Conferência Episcopal Italiana, que se uniu às críticas pelo falecimento da italiana, em estado vegetativo havia 17 anos.   Veja também:  Você concorda com a decisão de deixar Eluana morrer? Perguntas e respostas: entenda o caso  Veja tudo que foi publicado sobre o caso    Em um editorial intitulado "Para que não ocorra nunca mais", encarregado ao teólogo Marco Doldi, o órgão dos bispos italianos afirmou que, após a morte de Eluana - que já tinha sido privada da alimentação e da hidratação que chegava através de uma sonda - "estamos todos mais sozinhos" e corre um ar de "insegurança".   "Certamente, o caso não pode se dar por fechado. Impõe-se a todos uma reflexão grave. Mas, enquanto isso, é preciso dizer que Eluana não morreu sozinha: foi morta por quem a privou de comida e de água. A sua não foi uma morte natural e por isso quem fez ou facilitou tem uma grande responsabilidade perante Deus e a sociedade", afirmou Doldi.   A agência dos bispos italianos ressaltou que é necessário que o Estado tome medidas para evitar que se repitam situações parecidas.   O editorial do SIR se une às manifestações feitas por importantes cardeais da Cúria vaticana e da Conferência Episcopal Italiana, entre eles seu presidente, o cardeal Angelo Bagnasco, que afirmou hoje que a Itália precisa de uma lei que evite que se repitam casos como o de Eluana.

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