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Contra 'Aedes', comitê recomenda que atletas fechem janelas

‘Apartamentos têm ar-condicionado’, afirma diretor; alerta inclui uso de roupas longas e de repelente durante Jogos Olímpicos

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Por Marcio Dolzan
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Apesar de a pauta do Comitê Rio-2016 abordar diversos assuntos relativos à Olimpíada, foi o surto do zika e da microcefalia que dominou as discussões Foto: Vanderlei Almeida/AFP

RIO - Em meio ao surto de zika, que assusta turistas e atletas que se preparam para vir à Olimpíada do Rio, os organizadores dos Jogos estão orientando os comitês olímpicos de todo o mundo sobre métodos de prevenção às doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. As recomendações vão do uso de roupas longas e repelentes à orientação de manter janelas fechadas no Rio.

As medidas foram reveladas nesta terça-feira, 2, pelo Comitê Rio-2016. Apesar de a pauta abordar diversos temas relativos aos Jogos, as discussões ficaram em torno da zika e da microcefalia. A entrevista foi uma das mais concorridas já feitas pelo comitê. Contou com 149 jornalistas, dos quais 38 estrangeiros.

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“Algumas medidas preventivas vêm sendo recomendadas aos comitês nacionais pelo Comitê Olímpico Internacional (COI). Sobre manter as janelas fechadas na Vila Olímpica, é importante dizer que os apartamentos terão ar-condicionado, então é importante manter as janelas fechadas. Isso pode ser uma medidas”, disse o diretor de Serviços Médicos do Comitê Rio-2016, João Grangeiro.

Segundo Grangeiro, o Rio-2016 e os órgãos públicos estão agindo para combater os focos de Aedes. “O mais importante são as ações preventivas que o comitê já vem tomando com as autoridades públicas de saúde na inspeção de prováveis criadouros de mosquito e a erradicação deles”, afirmou ele.

O diretor ressaltou que, historicamente, na época em que acontecem os Jogos, a presença do Aedes costuma ser bem inferior à registrada nos meses de verão. “Nossa expectativa é que em julho e agosto a infestação de mosquitos caia drasticamente e, com isso, o número de zika também vai acompanhar.”

A região onde estão o Parque Olímpico e a Vila dos Atletas, na zona oeste, é alagadiça, propícia à proliferação de mosquitos. Mas as autoridades de saúde do Rio asseguram que o mosquito Aedes não existe em grande número na área e charcos das lagoas de Jacarepaguá e da Barra da Tijuca, vizinhas das instalações olímpicas.

“É uma área que tem a predominância de outro tipo de mosquito, que não o Aedes - é o Culex (pernilongo comum)”, disse Daniel Soranz, secretário de Saúde da prefeitura do Rio. De acordo com o subsecretário de Vigilância e Saúde do governo estadual, Alexandre Chieppe, “diferentemente de outras áreas, de outros países, nós não temos transmissão de doenças pelo Culex no Brasil. O máximo que pode gerar é um desconforto nas pessoas, mas não a transmissão de doenças”.

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