Decreto institui programa de distribuição de repelentes a grávidas

Estratégia é 'blindar' mulheres de infecção por zika, que causa microcefalia; programa vai privilegiar beneficiárias do Bolsa Família

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Por Luci Ribeiro (Broadcast)
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BRASÍLIA - A presidente Dilma Rousseff instituiu nesta sexta-feira, 22, por meio de decreto, o programa de prevenção e proteção individual de gestantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica contra o Aedes aegypti. O mosquito é transmissor da dengue, do vírus zika e da febre chikungunya. O programa vai, entre outros pontos, adquirir e distribuir repelentes a gestantes beneficiárias do Programa Bolsa Família. As ações serão realizadas pelo Ministério da Saúde, com os recursos relativos ao crédito extraordinário em favor do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome aberto pela Medida Provisória 716, de 11 de março de 2016. O valor do crédito previsto na MP para esse atendimento a gestantes é de R$ 300 milhões.

O mosquito mais famoso no momento é o 'Aedes aegypti', transmissor de zika, dengue e chikungunya. As fêmeas duram de 30 a 40 dias, porque se alimentam com sangue, para procriar. O macho tem ciclo de vida em torno de 15 dias Foto: Wiki commons

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Em dezembro, o ministro da Saúde, Marcelo Castro, chegou a anunciar a distribuição de repelentes pelo governo federal a todas as grávidas do País. No mês seguinte, entretanto, ele recuou na estratégia. A pasta afirmou que os laboratórios públicos não teriam capacidade de produzir repelentes nessa escala. 

Os cientistas e a Organização Mundial da Saúde já confirmaram o elo entre a infecção por zika em grávidas e o nascimento de bebês com microcefalia. O vírus também provoca outras lesões neurológicas, como a Síndrome de Guilain-Barré. 

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