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Diretor de UTI Neonatal confirma surto de infecção em hospital público do DF

Contaminação por três bactérias matou 11 bebês em 40 dias no Hospital Regional da Asa Sul

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Por Redação
Atualização:

BRASÍLIA - A principal Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal pública do Distrito Federal foi atingida por um surto de três bactérias, que matou 11 bebês em 40 dias. Por questão de segurança, a direção do Hospital Regional da Asa Sul (HRAS), onde ocorreram as mortes, determinou o isolamento de seis bebês e a observação de 24. Em todo o DF, há 81 leitos na rede pública à disposição da população - todos lotados. O diretor da UTI Neonatal do HRAS, Alberto Henrique Barbosa, afirmou que foram tomadas três providências: a redução de novas internações, a ampliação do material hospitalar e o aumento de funcionários trabalhando em cada turno. Segundo ele, a expectativa é acabar com o surto, mas não há data para que isso ocorra. “A gente espera que o surto seja debelado. Agora, quanto tempo vai demorar para isso ocorrer? Não tem data definida”, disse Barbosa. “As mortes em UTIs neonatais acontecem, mas aqui [no hospital] passou do razoável”, afirmou o médico, informando que o número considerado “normal” de mortes em UTIs neonatais é de três casos por mês. No HRAS, há 30 dos 81 leitos de UTIS neonatais da rede pública do DF. Nos últimos dias, surgiram as denúncias sobre as mortes por infecção no hospital. De acordo com especialistas, a contaminação ocorre por meio de objetos infectados e ausência de higienização por parte dos profissionais de saúde. As bactérias relacionadas às mortes são klebsiella, serratia e estafilococos. O diretor da UTI Neonatal negou a existência de casos de contaminação da superbactéria KPC (Klebsiella Pneumoniae Carbapenemase). “Por enquanto, não há nada [registrado] de casos dessa superbactéria, graças a Deus”, afirmou Barbosa. Em janeiro, houve o primeiro caso de contaminação da superbactéria em um hospital no DF, e há suspeitas de que mais de 100 pessoas tenham sido infectadas.

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