São Paulo - O coordenador da Central Estadual de Transplantes do Rio de Janeiro, Eduardo Rocha, informou na tarde desta segunda-feira, 10, os motivos que impediram a doação de órgãos da jovem de 19 anos que morreu no último sábado em Cabo Frio. De acordo com Rocha, a jovem teve politraumatismo e extenso traumatismo craniano, com grande hemorragia e inchaço do cérebro, provocando o choque circulatório, o que impede que os órgãos recebam a irrigação necessária para continuar funcionando a ponto de serem transplantados.
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O coordenador da Central esclareceu que a paciente já chegou com esse quadro ao hospital e tinha, portanto, contraindicação clínica para ser doadora desde o início, independente de qualquer tipo de exame.
Rocha ainda ressaltou que a equipe médica do hospital onde a paciente se encontra foi informada da impossibilidade da doação, logo que passou o diagnóstico clínico da paciente e que, mesmo sendo função da equipe médica da unidade conversar com a família para explicar o que estava ocorrendo, funcionários da Central de Transplantes tentaram, ontem, entrar em contato com os familiares, por meio de telefone, mas os números fornecidos pelo hospital não atendiam.
O coordenador disse também que a causa do descarte da doação neste caso é relativamente comum (instabilidade hemodinâmica)e configura-se entre as principais causas de não-doação no Estado, ao lado das negativas familiares e dos quadros de infecção dos potenciais doadores.