Duas mortes por dengue assustam moradores em Santo Antônio de Posse, interior de São Paulo

De acordo com a prefeitura, muitos munícipes estão pedindo que a nebulização contra o mosquito transmissor Aedes aegypti, que é realizada nas ruas, seja feita dentro das casas

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Por José Maria Tomazela
Atualização:
O 'Aedes' transmite dengue, zika e chikungunya Foto: REUTERS/Josue Decavele

SOROCABA – A confirmação de duas mortes por dengue, nesta sexta-feira, 16, deixou assustados os moradores de Santo Antônio de Posse, cidade de 22 mil habitantes, na região de Campinas, interior de São Paulo. De acordo com a prefeitura, muitos munícipes estão pedindo que a nebulização contra o mosquito transmissor Aedes aegypti, que é realizada nas ruas, seja feita dentro das casas. A aplicação do fumacê domiciliar terá início na próxima terça-feira, 20, nos bairros com maior densidade de criadouros.

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As vítimas da dengue são dois homens idosos, de 69 e 78 anos, respectivamente, que morreram no dia 16 de fevereiro – só agora os exames confirmaram a causa das mortes. Conforme o Ministério da Saúde, são os primeiros óbitos confirmados por dengue este ano no Estado de São Paulo. Os dois homens eram moradores da área urbana, um deles na região central. A cidade tem ainda vinte casos confirmados e 296 suspeitos da doença.

No dia 26 de fevereiro, a prefeitura decretou estado de emergência em razão da alta incidência do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença e que também pode transmitir febre amarela. Após a assinatura do decreto, a prefeitura contratou 50 agentes para atuar na aplicação de inseticidas e uma empresa para a limpeza de terrenos baldios, mesmo sem a notificação dos moradores. Os agentes foram autorizados a entrar em imóveis fechados. 

De acordo com o coordenador da Vigilância em Saúde, Paulo Cesar Madi, o fumacê nas casas será precedido de vistoria nos imóveis para a localização de possíveis criadouros. “É uma medida extrema, mas necessária, pois temos achado criadouros mesmo em casas que já foram inspecionadas anteriormente.” Ele afirma que falta colaboração, pois moradores voltam a jogar lixo após a limpeza de terrenos urbanos.

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