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Ebola se alastra e OMS não prevê solução antes de seis meses

Epidemia já deixou mais de 1.900 mortos e contabiliza, no momento, 3.500 pessoas infectadas; África Ocidental é a área mais afetada

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Por Redação
Atualização:
Na Monróvia, Libéria, profissional da saúde usa vestes para se prevenir do Ebola Foto: Dominique Faget/AFP

WASHINGTON - A epidemia do vírus Ebola que assola a África Ocidental tem se acelerado e as autoridades sanitárias internacionais não acreditam que a disseminação possa ser parada antes de seis meses, avisou nesta quarta-feira a Organização Mundial de Saúde (OMS). O surto de Ebola, iniciado em fevereiro deste ano, já deixou mais 1.900 mortos e 3.500 infectados, indica a diretora geral da OMS, Margaret Chan. "De acordo com o último balanço desta semana, temos mais de 3.500 casos confirmados na Guiné, Serra Leoa e Libéria e mais de 1.900 mortos", disse Chan em uma coletiva de imprensa. Chan expressou sua esperança de que a transmissão do vírus possa ser detida nos próximos seis ou nove meses, graças à resposta internacional. "Com a resposta internacional coordenada, a mobilização de fundos e a chegada de especialistas, esperamos deter toda a transmissão dentro de seis a nove meses", completa. Citando o guia de conduta divulgado pela OMS na semana passada para combater a epidemia, Chan explicou que "a organização internacional quer inverter a tendência da infecção no intervalo de três meses no três países em que o contágio está mais intenso (Guiné, Libéria e Serra Leoa)." No que se refere a Senegal e República do Congo, que registraram casos isolados de Ebola, detalhou que vão buscar "deter essa transmissão localizada em oito semanas". Esses casos não têm relação com a epidemia que assolam os outros três países da África Ocidental e, em menos grau, a Nigéria.

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