Em 15 dias, mais de 900 mil doses da vacina de febre amarela foram aplicadas em SP
Quantidade é 20,5 vezes maior que em todo o mês de janeiro do ano passado, de acordo com Secretaria Municipal de Saúde
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Por Isabela Palhares e Paula Felix
Atualização:
SÃO PAULO - Nos primeiros 15 dias de janeiro, foram aplicadas 905,5 mil doses da vacina contra a febre amarela na cidade de São Paulo, segundo levantamento da Secretaria Municipal de Saúde. A quantidade é 20,5 vezes maior que em todo o mês de janeiro de 2017.
O número de doses aplicadas em unidades de referência para viajantes também foi 6,7 vezes maior. Em 15 dias, foram vacinadas 342,8 mil pessoas, enquanto que em todo janeiro de 2017 foram 44,1 mil doses.
De acordo com a pasta, o aumento da demanda ocorreu a partir de outubro do ano passado, quando foram confirmadas as primeiras mortes de macacos por febre amarela em parques da zona norte da capital. No terceiro trimestre (julho, agostro e setembro) do ano passado, 44 mil doses foram aplicadas. O número passou para 1,4 milhão no quarto trimestre (outubro, novembro e dezembro).
Campanha de vacinação
Desde a semana passada, filas têm sido frequentes nos postos de vacinação e alguns lugares estão ficando sem vacina. A secretaria ressaltou que, neste momento, a campanha de vacinação ainda tem como público-alvo apenas os distritos da zona norte, onde 90 unidades básicas de saúde (UBS) estão aplicando doses; três distritos da zona sul (Parelheiros, Marsilac e Jardim Angela) e parte do Capão Redondo; e na zona oeste apenas para os moradores do distriro Raposo Tavares.
Febre amarela: população encara longas filas nos postos de saúde para se vacinar
1 / 13Febre amarela: população encara longas filas nos postos de saúde para se vacinar
Imunização em São Paulo
Moradores da capital paulista lotaram os postos de vacinação contra a febre amarela. Uma longa fila se formou na AMA Santa Cecília, na região central ... Foto: Tiago Queiroz/EstadãoMais
Imunização em São Paulo
A fila do posto de saúde da Rua Vitorino Carmilo dobrou o quarteirão da Rua Eduardo Prado, no bairro de Campos Elísios, na região de Santa Cecília. Foto: Tiago Queiroz/Estadão
Imunização em São Paulo
Quem foi à AMA Santa Cecília para se vacinar contra a febre amarela precisou de paciência para encarar a fila e o forte sol Foto: Tiago Queiroz/Estadão
Imunização em São Paulo
A febre amarela é transmitida pela picada de um mosquito infectado com o vírus. Foto: Tiago Queiroz/Estadão
Imunização em São Paulo
Há dois tipos de transmissão da febre amarela: a urbana e a silvestre. Foto: Tiago Queiroz/Estadão
Imunização em São Paulo
Os sintomas da febre amarela urbana e da silvestre são iguais: febre, calafrios, dor de cabeça intensa, dores nas costas e no corpo, náuseas e vômitos... Foto: Tiago Queiroz/EstadãoMais
Imunização em São Paulo
Na UBS/AE/CEO Dr. Walter Elias, na Casa Verde, zona norte de São Paulo, houve distribuição de senha para vacina contra a febre amarela. Foto: Rafael Arbex/Estadão
Imunização em São Paulo
Moradores da capital paulista enfrentaram longa fila para vacinação em posto da Casa Verde, na zona norte. Foto: Rafael Arbex/Estadão
Imunização em São Paulo
A maioria das vítimas da febre amarela melhora após três dias, mas 15% dos infectados desenvolvem a forma mais grave da doença. Foto: Rafael Arbex/Estadão
Imunização em São João de Meriti
Os interessados em se vacinar contra a febre amarela também lotaram o Centro de Saúde Doutor Aníbal Viriato de Azevedo, em São João de Meriti, na Baix... Foto: Fábio Motta/EstadãoMais
Imunização em São João de Meriti
Nos casos mais graves, a febre amarela pode matar. Por isso, o médico deve ser procurado se houver os primeiros sintomas. Foto: Fábio Motta/Estadão
Imunização em São João de Meriti
Andrea Ferreira Cordeiro exibe o certificado de vacinação que ela e o filho receberam em São João de Meriti. Foto: Fábio Motta/Estadão
Imunização em São João de Meriti
Vanildo Higino foi ao posto de vacinação na Baixada Fluminense para se prevenir do vírus da febre amarela. Foto: Fábio Motta/Estadão
As demais unidades que aplicam a vacina são de referência para quem vai viajar a países que exigem o certificado internacional ou vai visitar regiões, municípios e Estados com risco para a doença.
"É preciso reforçar que, para aqueles que não moram ou não trabalham em regiões com recomendação de vacinação, a orientação é procurar as unidades apenas em casos de viagem para as áreas de risco", diz a nota da secretaria. A pasta orienta que essas pessoas devem esperar o início da campanha de vacinação fracionada, que começa em 29 de janeiro. A campanha terá como público-alvo moradores de 15 distritos na zona leste e zona sul. Nesses distritos não houve epizootia (morte de animais por causa da doença), mas a decisão pela vacinação se deve à proximidade com corredores ecológicos e o risco de exposição à doença.