Em cidade de SP, até prefeitura é autuada por foco de dengue

Criadouros estavam em prédio da própria Secretaria da Saúde do município de Serrana, na região de Ribeirão Preto

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Por José Maria Tomazela
Atualização:
O mosquito 'Aedes aegypti' é transmissor do zika, da dengue e da chikungunya Foto: Luis Robayo/AFP

SOROCABA - Agentes da Vigilância Epidemiológica de Serrana, região de Ribeirão Preto, interior de São Paulo, encontraram focos do mosquito Aedes aegypti até em um prédio da própria Secretaria da Saúde do município. Os criadouros estavam no Centro de Especialidades Odontológicas, uma unidade municipal que está com as obras paradas. A prefeitura foi autuada por manter criadouros do mosquito, mas não deve pagar multa. Como é a primeira autuação, as larvas foram retiradas e só haverá penalização se novos criadouros forem encontrados.

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A Vigilância Epidemiológica é subordinada à Secretaria da Saúde, mas o diretor, Guilherme Montanari, disse ter se baseado em um decreto de emergência baixado pelo Executivo em 19 de janeiro último por causa da dengue. Só em janeiro, a cidade teve 253 casos notificados. A norma prevê a autuação de donos de imóveis e autoriza a entrada dos agentes em prédios fechados. 

Em janeiro, a Vigilância multou em R$ 23 mil os Correios por ter encontrado criadouros em um prédio que está à venda. O órgão federal entrou com recurso. A Fundação Hemocentro, ligada ao governo estadual, também foi autuada e informou ter eliminado os criadouros.

Zika. subiu para 63 o número de casos suspeitos de vírus zika, além de 27 gestantes que tiveram sintomas e estão sendo monitoradas. A cidade já teve dois casos confirmados de zika em mulheres grávidas. As pacientes, de 20 e 16 anos, passaram por exames e os fetos não apresentaram indicações de microcefalia. A cidade tem ainda 248 casos confirmados de dengue. A maior parte dos casos de doenças relacionadas ao mosquito Aedes aegypti se concentram na zona oeste da cidade, onde todas as casas já passaram por nebulização.

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