DALLAS - Uma enfermeira que contraiu Ebola no Texas receberá alta do Hospital Universitário Emory, em Atlanta, no Estado da Geórgia, nesta terça-feira, 28, após ser considerada livre do vírus, disse o hospital.
Amber Vinson - uma das duas enfermeiras de um hospital da cidade de Dallas infectadas com Ebola após cuidarem do primeiro paciente diagnosticado com a doença nos Estados Unidos - participará de uma coletiva de imprensa na tarde desta terça-feira.
Ela foi admitida no hospital Emory para receber tratamento em 5 de outubro.
A outra enfermeira, Nina Pham, também foi declarada livre do vírus na semana passada e já deixou o hospital do Estado norte-americano de Maryland, onde estava internada.
5 mil profissionais necessários. O presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim, disse, nesta terça-feira, que os países afetados pelo Ebola no oeste da África vão precisar de pelo menos mais 5.000 profissionais de saúde para combater efetivamente a epidemia.
Kim disse estar preocupado, pois será difícil encontrar mais profissionais dispostos a viajar a região oeste da África, dado o medo generalizado da epidemia de Ebola que tomou conta do mundo. O líder do Banco Mundial falou ao lado do secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, e da presidente da União Africana, Nkosazana Dlamini-Zuma.
O secretário-geral da ONU afirmou que a propagação do vírus continua em um ritmo mais acelerado do que a resposta da comunidade internacional. Ban Ki-moon fez um apelo para que os 54 países membros da União Africana não imponham restrições de viagens relacionadas ao Ebola ou fechem suas fronteiras.
Dlamini-Zuma disse que os países da União Africana se comprometeram a enviar mais de 2.000 profissionais de saúde às regiões afetadas, mas não informou quando os médicos e enfermeiros vão chegar ao oeste da África
Austrália. A Austrália recebeu críticas de especialistas em saúde e de defensores dos direitos humanos nesta terça-feira após decretar uma proibição geral de vistos para nações da África Ocidental afetados pelo surto de Ebola, tornando-se a primeira nação rica a fechar as portas para a região.
O país da Oceania não registrou qualquer caso de Ebola apesar de uma série de casos suspeitos, e o primeiro-ministro conservador Tony Abbott tem resistido até o momento aos pedidos para que o país envie profissionais de saúde para ajudar a combater a doença nos países africanos atingidos.
A decisão de proibir a entrada de qualquer pessoa de Serra Leoa, Guiné e Libéria, que foi apontada pelo governo como uma precaução necessária, foi considerada por especialistas como politicamente motivada e míope.
"O governo tem controles firmes para a entrada de pessoas na Austrália sob nosso programa de imigração da África Ocidental", disse o ministro da Imigração, Scott Morrison, ao Parlamento. "Essas medidas incluem a suspensão temporária do nosso programa de imigração, incluindo o nosso programa humanitário para países afetados pelo Ebola, e isso significa que não estamos processando qualquer aplicação (de visto) desses países afetados", acrescentou.
Os riscos para a Austrália são pequenas devido ao isolamento geográfico do país, de acordo com Adam Kamradt-Scott, professor do Instituto de Doenças Infecciosas e Biossegurança da Universidade de Sydney.
"Esta é apenas uma decisão puramente política", disse Kamradt-Scott. "Há muito pouca evidência científica ou racionalidade médica para você fazer isso, e este é o tipo de política que encontramos que começa a interferir com medidas eficazes de saúde pública."/AP E REUTERS