Entidades criticam reforma da lei de Planos de Saúde

O texto afirma que as mudanças poderiam trazer uma desregulamentação do setor

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Por Ligia Formenti
Atualização:

BRASÍLIA - Entidades ligadas ao direito do consumidor e à saúde afirmam que as discussões em curso na Câmara dos Deputados para reformular a Lei de Planos de Saúde beneficiam apenas empresas de planos e podem trazer retrocesso nos direitos de usuários. 

A nota observa ser crescente a insatisfação dos brasileiros que usam planos de saúde e critica o método de trabalho da comissão Foto: Felipe Rau/Estadão

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Assinado por 14 entidades, entre elas Instituto de Defesa do Consumidor, Procons e Associação Brasileira de Saúde Coletiva, o documento ressalta que a discussão não deve ser feita de forma apressada e chama a atenção para os riscos de algumas propostas que estão em análsie, como a autorização de planos populares, a liberação do reajuste de planos individuais e a mudança no rol mínimo de cobertura.

"Alertamos que o momento não é adequado para mudar a toque de caixa uma lei que afeta a saúde e a vida de 47,6 milhões de consumidores de planos de assistência médico-hospitalar individuais, familiares e coletivos", diz o texto, numa referência à crise política.

A nota observa ser crescente a insatisfação dos brasileiros que usam planos de saúde e critica o método de trabalho da comissão. 

"Com a realização de poucas audiências públicas sobre um tema que requer discussões aprofundadas e com ampla participação de todos os segmentos interessados", diz a nota.

O texto afirma que as mudanças poderiam trazer uma desregulamentação do setor. "O mercado de assistência à saúde suplementar precisa ser melhorado, fiscalizado, e não desregulamentado.

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