Desde o início do ano, o Rio teve outros três casos confirmados da doença; em 2015, não houve registros da gripe
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Por Clarissa Thomé
Atualização:
RIO - A Secretaria Estadual de Saúde do Rio confirmou mais uma morte por H1N1 no Estado, a segunda este ano. Além desses dois casos, duas mulheres morreram com suspeita da gripe em cidades do Médio Paraíba, na segunda-feira, 4. Desde o início do ano, o Rio teve outros três casos confirmados da doença. Em 2015, não houve registros da gripe. A secretaria não informou em quais cidades ocorreram as mortes confirmadas.
Em Valença, a secretaria de Saúde investiga a morte de Marcilene dos Santos Jardins, de 47 anos. No atestado de óbito, o termo H1N1 aparece seguido por um ponto de interrogação. Marcilene chegou ao Hospital Escola de Valença com tosse forte e dificuldades para respirar no domingo, 2.
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“Ela chegou com problemas pulmonares. No dia 3, o médico solicitou exames de sangue e de swab (coleta de secreções da boca e da faringe) e iniciou o tratamento com Tamiflu. Infelizmente, ela faleceu no dia 4. As amostras foram encaminhadas para o Instituto Noel Nutels, no Rio, para determinar a causa da morte”, afirmou a diretora de Vigilância em Saúde, Lana Chicarino Laureano.
O atestado de óbito também aponta que Marcilene sofria de asma e obesidade, o que a colocam no grupo de risco para H1N1. Uma das netas de Marcilene, uma menina de 7 anos, também está internada no Hospital Escola com suspeita de ter contraído a gripe. “O Médio Paraíba está em alerta e nós já pedimos a antecipação da vacinação. Nossa preocupação é a vacina chegar ao nosso município no fim do mês e não dar tempo de imunizar, principalmente os grupos prioritários, porque o vírus já estará espalhado”. afirmou Lana.
Em Resende, morreu Zulmira Campos, de 47 anos, que ficou quatro dias internada no Hospital Municipal de Emergência. Ela chegou a tomar Tamiflu. Além dela, há outros dois pacientes internados com suspeita de H1N1.
Em nota, a Subsecretaria de Vigilância em Saúde do Estado informou que a “Influenza sempre preocupa”, mas ressaltou que atualmente a taxa de transmissão ainda é baixa no Rio de Janeiro. “O maior período de preocupação é a partir do final de maio e início de junho, quando temperaturas mais baixas começam a ser registradas. Obviamente, o surto em São Paulo preocupa por conta da proximidade e da contiguidade dos territórios e, por isso, a Subsecretaria mantém o monitoramento dos casos.”
11 perguntas e respostas sobre a gripe H1N1
1 / 1211 perguntas e respostas sobre a gripe H1N1
3 - Como é feito o tratamento?
Inicialmente, o tratamento é realizado com medicamentos que aliviem alguns sintomas, repouso e líquidos. Para os pacientes com sinais de agravamento e... Foto: REUTERSMais
5- Se o paciente não iniciar o tratamento rapidamente, ele corre mais riscos?
De acordo com a infectologista Ana Freitas Ribeiro, um estudo realizado em 2009 no Estado de mostrou benefício na redução de óbitos por H1N1, com o tr... Foto: REUTERSMais
6 - Qual principal tese para o surto precoce de H1N1 em 2016?
O deslocamento de viajantes para regiões onde a circulação de influenza é alta durante o inverno, principalmente países do Hemisfério Norte, como Esta... Foto: REUTERSMais
9 - A vacina é mesmo eficiente?
A vacina contém três tipos de influenza, A (H1N1), A (H3N2) e B. Anualmente, a vacina é renovada, considerando as recomendações da Organização Mundial... Foto: REUTERS/GlaxoSmithKlineMais
11 - Como se prevenir?
A vacinação é a principal medida de prevenção. “É importante que os doentes fiquem em casa, evitem deslocamentos”, disse a infectologista Ana Freitas ... Foto: REUTERSMais
11 perguntas e respostas sobre a gripe H1N1
O aumento de casos de gripe H1N1 desde o fim do ano passado colocou população e os governos em estado de alerta, principalmente no Estado de São Paulo... Foto: REUTERSMais
1 - Qual é a diferença entre os sintomas da gripe H1N1 em relação à gripe comum?
Os sintomas gerais das gripes são febre, dor de garganta, cabeça e no corpo, coriza, mal estar e tosse seca, com início súbito. A gripe H1N1 apresenta... Foto: PAUL BRADBURY VIA GETTY IMAGESMais
2 - Quando devo procurar o médico?
Todos os pacientes que apresentem quadro de gripe e façam parte do grupo de risco - gestantes, puérperas, portadores de doenças crônicas, obesidade, s... Foto: REUTERSMais
4 - Onde encontrar os remédios?
Os medicamentos, distribuídos pelo Ministério da Saúde, devem ser prescritos pelo médico. Cada município tem sua rede de unidades de saúde que atendem... Foto: REUTERSMais
7 - Quem deve tomar a vacina?
A vacina disponível no serviço público deve ser tomada pelos grupos de maior risco. A campanha de vacinação de influenza anual é realizada nas unidade... Foto: REUTERS/Brian SnyderMais
8 - Quais são os grupos de risco?
Crianças de 6 meses a 5 anos, gestantes, puérperas, trabalhador de saúde, povos indígenas, indivíduos com 60 anos ou mais de idade, adolescentes e jov... Foto: REUTERS/Eric GaillardMais
10 - Como acontece a transmissão?
A transmissão ocorre pela via respiratória, por contato próximo com doentes de gripe, durante a fala, espirro e tosse. Há possibilidade também da tran... Foto: HÉLVIO ROMERO/ESTADÃOMais