Estudo descobre como talidomida provoca má-formação

PUBLICIDADE

Por AE
Atualização:

Cientistas japoneses desvendaram como a talidomida interfere no desenvolvimento de fetos e provoca má-formação. A descoberta abre as portas para o desenvolvimento de alternativas seguras ao remédio que mantenham eficácia terapêutica, mas sem efeitos adversos.A droga foi proibida na década de 60 depois de milhares de crianças nascerem com atrofia dos membros ou problemas cardíacos. Voltou ao mercado na década seguinte - sob rigorosa legislação -, pois constitui uma boa alternativa para tratamento de doenças como hanseníase, lúpus, câncer na medula óssea e artrite reumatoide. Hoje, a talidomida chega a ser indicada para até 60 tipos de tratamentos, que incluem alívio dos sintomas de portadores do HIV e diminuição do risco de rejeição em transplantes de medula. Contudo, o acesso é restrito a pacientes cadastrados nos programas públicos de saúde.O estudo mostrou como a talidomida liga-se a uma enzima chamada cereblon, muito importante nos dois primeiros meses do feto para o desenvolvimento dos membros. A ligação torna inativa a enzima, o que provoca a má-formação."Agora queremos identificar os mecanismos químicos da talidomida responsáveis pelos efeitos anticâncer", afirma o coordenador da pesquisa, Hiroshi Handa, do Instituto de Tecnologia Tóquio. Dessa forma, os cientistas esperam criar derivados da talidomida que não reajam com a enzima cereblon, mas sejam eficazes no tratamento das doenças. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Tudo Sobre
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.