Médico dos EUA prevê teste de vacina contra zika até final de 2016

Existem 31 casos de infecção pelo zika entre cidadãos americanos que viajaram para áreas afetadas pelo vírus

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:
O mosquito 'Aedes aegypti' é transmissor do zika, da dengue e da chikungunya Foto: Sérgio Castro/Estadão

Os Estados Unidos têm dois candidatos em potencial para uma vacina contra o vírus zika e podem iniciar testes clínicos com humanos até o final de 2016, mas ainda levará anos para que o medicamento esteja disponível em larga escala, afirmaram autoridades norte-americanas nesta quinta-feira, 28.

PUBLICIDADE

O doutor Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas, declarou que uma das vacinas se baseia em trabalhos realizados com o vírus do oeste do Nilo.

Fauci disse que a vacina jamais foi desenvolvida porque não foi possível uma parceria com uma farmacêutica, mas não vê a questão como um obstáculo no caso do zika.

"Já estamos conversando com algumas empresas que são capazes de formar uma parceria conosco em um desenvolvimento avançado", afirmou ele em uma coletiva de imprensa.

O zika vírus, que é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, foi ligado a má-formações graves em milhares de bebês brasileiros. Não existe vacina ou tratamento para o zika, que é próximo da dengue e da febre chikungunya e causa febre moderada, erupção cutânea e vermelhidão nos olhos. Cerca de 80% das pessoas infectadas não exibem sintomas, o que torna difícil para as grávidas saberem se foram contaminadas.

A doutora Anne Schuchat, do Centro para Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC, na sigla em inglês), disse terem surgido 31 casos de infecção de zika em cidadãos de seu país que viajaram a áreas afetadas pelo vírus. Até agora, não houve casos de transmissão do vírus por mosquitos nos EUA, afirmou.

Em Genebra, a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou nesta quinta-feira que o zika está se disseminando "explosivamente" e que pode atingir até quatro milhões de pessoas nas Américas. /REUTERS

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.