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Estados Unidos rejeitam tirar maconha da lista de drogas mais perigosas

Substância segue na categoria 1, ao lado da heroína e do êxtase; agência, porém, flexibilizou a legislação em relação à pesquisa e ao cultivo com fins científicos

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Por Redação
Atualização:

WASHINGTON - O Escritório Antidroga dos Estados Unidos (DEA, na sigla em inglês) anunciou nesta quinta-feira, 11, a decisão de manter a maconha na lista das drogas mais perigosas, ao lado da heroína e do êxtase, embora tenha flexibilizado a legislação referente à pesquisa e ao cultivo com fins científicos.

Nos últimos anos, os eleitores de alguns Estados americanos aprovaram o consumo com caráter recreativo da maconha Foto: Anthony Bolante/Reuters

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"O Departamento de Saúde determinou que a maconha conta com um elevado potencial para o abuso e, por isso, o DEA estabeleceu que deve ser mantida na categoria 1 da Lei de Substâncias Controladas", indicou o diretor do DEA, Chuck Rosenberg.

Além disso, Rosenberg afirmou que "não existe evidência de que haja consenso entre os especialistas qualificados de que a maconha é segura e efetiva para o uso na hora de tratar uma doença específica e reconhecida".

Os movimentos a favor da legalização do uso recreativo e medicinal tinham esperança por causa da mudança de mentalidade nos Estados Unidos, com a recente onda de aprovações em diversos Estados do país.

Nos últimos anos, os eleitores de alguns Estados aprovaram o consumo com caráter recreativo da maconha (Colorado, Washington, Oregon e Alasca). Outros 20 - além do Distrito de Columbia, onde se encontra a capital Washington - permitem o uso medicinal.

Nas próximas eleições de novembro, os eleitores de mais cinco Estados (Arizona, Califórnia, Massachusetts, Maine e Nevada) decidirão se aprovam o consumo recreativo.

O governo federal adotou uma política de não perseguir o consumo nesses Estados, apesar de formalmente seguir considerando contrário às leis federais.

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Pesquisa. O DEA permitirá, a partir de agora, que mais universidades possam cultivar maconha com fins científicos, já que até agora só contava com licença para isso a Universidade do Mississipi.

Os setores a favor do levantamento de restrições criticaram a medida da agência federal.

"A decisão não vai suficientemente longe e é uma amostra a mais de que o DEA não entende. Manter a maconha na categoria 1 é a continuação de um enfoque caduco e fracassado, deixando a pacientes e a empresários apanhados entre as leis federais e estaduais", apontou o congressista pelo Oregon, Earl Blumenauer. /EFE