ATLANTA - Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) dos Estados Unidos informaram nesta sexta-feira, 20, que atualmente mantêm sob observação 157 mulheres grávidas por possível infecção do vírus zika no país.
De acordo com os CDC, até o dia 12 de maio deste ano, tinham sido reportados 157 mulheres grávidas com o vírus nos Estados Unidos e outras 122 em Porto Rico e outros territórios sob jurisdição dos norte-americanos.
As autoridades informaram que as mulheres contraíram o vírus após terem viajado para regiões onde o zika está presente ou através de contato sexual.
"Até agora há relativamente poucos nascimentos com condições adversas e não vamos reportar os casos específicos para proteger a privacidade das famílias afetadas", declarou Margaret Honein, encarregada dos CDC da equipe que investiga problemas nas crianças recém-nascidas relacionados ao vírus.
Em fevereiro, os CDC reportaram que pelo menos duas mulheres grávidas contagiadas com zika em território norte-americano tinham se submetido a abortos e que uma mais deu à luz a um bebê com sérias más-formações congênitas.
Segundo o reporte revelado nesta sexta-feira, das 157 mulheres grávidas nos Estados Unidos que deram positivo, 73 (49%) apresentaram sintomas da doença.
Os CDC disseram que a partir de agora recomendam dar acompanhamento a todas as mulheres com possível infecção de zika durante a gravidez, tanto as que apresentam sintomas ou não.
Os sintomas mais comuns de zika são febre, manchas vermelhas, dor nas articulações e conjuntivite, embora também possa causar dor muscular e dor de cabeça.
O zika circula em cerca de 50 países, a maioria na América Latina, e entre eles territórios norte-americanos, como o Estado Livre Associado de Porto Rico, as Ilhas Virgens e a Samoa Americana.
O Senado dos Estados Unidos aprovou nesta quinta-feira, 19, um projeto de lei que outorga US$ 1,1 bilhão à luta contra o vírus zika. /EFE