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Famílias gastam R$ 234 bi com saúde contra R$ 190 bi do governo

Apesar de ainda ser maior, ritmo de despesas dos consumidores caiu em 2013, enquanto do poder público acelerou, segundo IBGE

Por Daniela Amorim (Broadcast)
Atualização:

RIO - As famílias ainda gastam mais do que o governo com a saúde. Mas, em 2013, o ritmo de crescimento das despesas dos consumidores diminuiu, enquanto o do governo acelerou, segundo os dados da Conta-Satélite de Saúde 2010-2013, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Dos R$ 424 bilhões gastos com bens e serviços de saúde no ano, R$ 190 bilhões foram referentes a despesas de consumo do governo, o equivalente a 3,6% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro de 2013. O montante é 3,7% superior à despesa registrada em 2012.

Os gastos com saúde representaram 18,9% do consumo final do governo e 7,1% do consumo final das famílias no Produto Interno Bruto em 2013 Foto: Prefeitura de Ipatinga/Secom/Divulgação

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Outros R$ 234 bilhões, ou 4,4% do PIB, eram despesas de famílias e instituições sem fins lucrativos a serviço das famílias. O valor é 1,3% maior do que o registrado no ano anterior.

A despesa per capita com consumo de bens e serviços de saúde foi de R$ 1.162,14 para famílias e instituições sem fins lucrativos a serviço das famílias em 2013, contra R$ 1.058,48 em 2012. Já o gasto per capita com saúde do governo ficou em R$ 946,21 em 2013, ante R$ 830,39 no ano anterior.

O principal gasto das famílias é com serviços de saúde privados, que incluem os planos de saúde: R$ 141,3 bilhões, ou 2,7% do PIB de 2013. No governo, a principal despesa é a saúde pública, o equivalente a R$ 149,9 bilhões, 2,8% do PIB.

Os gastos com saúde representaram 18,9% do consumo final do governo e 7,1% do consumo final das famílias no PIB do ano.

Bens e serviços de saúde. O setor de saúde aumentou sua participação no PIB brasileiro. As despesas com consumo final de bens e serviços de saúde no País subiram de 7,8% do PIB em 2012 para 8,0% em 2013, quando atingiram R$ 424 bilhões.

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Desse montante, 77,6% foram destinados ao consumo de serviços e 20,6% foram gastos com medicamentos.

De acordo com o IBGE, a participação das atividades de saúde na renda gerada no País aumentou em todos os anos da série da pesquisa, iniciada em 2000. Em 2013, a fatia chegou a 6,5%.

A atividade com maior participação no ano foi a saúde privada, com R$ 103 bilhões (2,2%) em 2013. Houve destaque para o comércio de produtos farmacêuticos, perfumaria e médico-odontológicos, que aumentou de R$ 54,4 bilhões em 2012 para R$ 62,2 bilhões, em 2013, 1,4% do valor adicionado total.

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O estudo mostrou ainda que 18,6% das preparações farmacêuticas brasileiras (gaze, curativos, iodo, água oxigenada etc.) foram exportadas em 2013. Porém, foram importados 74% dos produtos farmoquímicos (matéria-prima para produção de medicamentos), 37,1% dos outros materiais médicos e odontológicos e 24,5% dos medicamentos para uso humano disponíveis no País.

O número de trabalhadores ocupados em atividades relacionadas à saúde passou de 5,734 milhões em 2012 para 6,050 milhões em 2013, aumento de 316 mil vagas. A saúde privada absorveu 2,689 milhões de empregados em 2013, enquanto a saúde publica contabilizou 1,840 milhão de postos de trabalho. O comércio de produtos farmacêuticos e perfumaria empregou mais 1,170 milhão de pessoas.

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