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Governo do Paraguai pede lei de emergência por vírus H1N1

Já no Uruguai, a ministra da Saúde afirma que milhares de pessoas estariam infectadas pela gripe suína

Por Reuters e Efe
Atualização:

O governo do Paraguai anunciou neste domingo, 5, que pedirá ao Congresso a aprovação de uma lei de emergência em função do avanço dos casos de influenza H1N1, a gripe suína, após confirmar a segunda vítima fatal da doença em seu território. Uma menina de 8 anos se transformou na segunda vítima da influenza H1N1 no Paraguai, falecendo em consequência de uma insuficiência renal, após ter ficado uma semana em terapia intensiva por uma infecção respiratória aguda, informaram autoridades de saúde neste domingo. O Paraguai já reportou 106 casos confirmados da gripe e outros 274 casos suspeitos. Dias atrás, um homem de 60 anos morreu por conta da enfermidade, responsável por mais de 50 mortes da Argentina. O governo do Paraguai, que havia declarado emergência em maio após os primeiros casos da gripe, afirmou que solicitará ao Congresso a aprovação da lei para haver a liberação de fundos e um melhor combate ao vírus. "Quando a situação de emergência permanece, é justo que o Congresso a converta em lei", afirmou a jornalistas o vice-presidente Federico Franco, que ocupa de forma interina a Presidência, com a viagem de Fernando Lugo a Washington.

 

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Uruguai

 

A ministra da Saúde do Uruguai, María Julia Muñoz, advertiu neste domingo que seriam milhares os casos de gripe suína no país, apesar de ter afirmado que os casos registrados só podem ser confirmados em exames de laboratório, realizados apenas nas pessoas internadas em hospitais com quadros graves. Em declarações à emissora El Espectador, María Julia afirmou que os casos de gripe suína e da gripe sazonal estão aumentando, por causa do inverno, e lembrou que, em todos os países do mundo, este novo vírus é a principal causa de gripe.

 

Segundo ela, dado que a doença "já está instalada" no Uruguai, os cálculos "levam a crer" que, no país, são "milhares os casos de gripe suína existentes". Assim, a ministra compartilhou o dito sábado pelo infectologista Homero Bagnulo, que afirmou que a doença já afeta milhares de pessoas e que não se pode contabilizar de forma particular nem dar números concretos, porque, diretamente, existem.

 

"Deve haver milhares. Não se pode dizer um número porque não é que haja uma contagem real, mas, para cada caso sintomático, se presume que isso se multiplica por oito ou por nove. Sem dúvidas, há casos assintomáticos que acompanham os sintomáticos. E há mais casos não diagnosticados que os que foram diagnosticados, porque só são estudados os focos. Não podemos dizer números", disse a ministra.

 

Atualizado às 16h22

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