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Governo dos EUA prevê novos casos de gripe A H1N1

Doença está se propagando mais rápido na região sudeste do país, onde as escolas iniciaram as aulas mais cedo

Por AP e Reuters
Atualização:

A secretária de Segurança Interna dos Estados Unidos, Janet Napolitano, afirmou nesta quarta-feira, 2, que é esperado "um grande influxo" de novos casos de gripe A H1N1. "O melhor que todos podemos fazer são coisas muitos simples", entre as quais lavar as mãos e cobrir a boca ao tossir. Segundo ela, é muito provável que haja novas infecções antes de haver uma vacina disponível.

 

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Napolitano estava entre um grupo de vários membros do gabinete que relataram ao presidente Barack Obama, na terça-feira, 1, sobre as preparações do governo federal e o planejamento para o outono Outro membro do gabinete, o secretário da Educação, Arne Duncan, disse em outra entrevista que é fundamental manter as escolas abertas e funcionando.

 

O governo norte-americano pretende gastar mais 2,7 bilhões de dólares para comprar remédios e vacinas contra a gripe H1N1, poucos dias depois de conselheiros de ciência da Casa Branca terem chamado a pandemia de "uma séria ameaça à nossa nação". O dinheiro se soma ao 1,8 bilhão de dólares que o governo separou em julho para lidar com a enfermidade, que deve piorar na volta às aulas no outono do hemisfério norte.

 

O Conselho de Ciência e Tecnologia da presidência informou em um comunicado na semana passada que o vírus, embora moderado, poderia infectar de 30 a 50% da população dos EUA neste ano, levar 1,8 milhão de pessoas ao hospital e matar entre 30 e 90 mil cidadãos.

 

Obama disse que os 2,7 bilhões de dólares servirão para comprar novas vacinas, drogas antivirais e preparar uma campanha de vacinação.O dinheiro é parte dos 7,65 bilhões de dólares que o Congresso norte-americano destinou para o Departamento de Saúde neste ano e não representa novos fundos em adição ao que já fora aprovado.

 

Aulas

 

A gripe suína está se propagando mais rápido na região sudeste dos Estados Unidos, onde as escolas iniciaram as aulas mais cedo do que em outros locais após as férias de verão, informou uma autoridade de saúde norte-americana na quarta-feira.

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O vírus pandêmico da influenza H1N1 está ativo desde março, mas as autoridades observaram um aumento claro de sua atividade em algumas regiões nas últimas semanas, disse a jornalistas a médica Anne Schuchat, do Centro para Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês). "Esse pequeno aumento que observamos concentra-se no Sudeste, entre as crianças em idade escolar," afirmou Schuchat.

 

Especialistas em saúde afirmam que as crianças em idade escolar e os adultos jovens têm maior probabilidade de serem infectados pela gripe suína, e disseram que já esperavam que a pandemia se tornasse mais ativa com a volta às aulas, quando as crianças têm maior contato umas com as outras.

"As aulas voltaram e as pessoas começam a prestar atenção," disse a secretária de Saúde e Serviços Humanos, Kathleen Sebelius, a jornalistas durante uma reunião sobre gripe suína.

 

O CDC não recomendou o fechamento das escolas, a menos que haja muitos casos da doença, afirmando que tais medidas têm pouco efeito na contenção da gripe.

 

A Casa Branca afirmou que os esforços do governo visam minimizar o impacto do H1N1 sobre a saúde da nação e sobre a economia. Isso inclui medidas educativas sobre higiene, especialmente porque a vacina contra o H1N1 não estará disponível para a população antes de outubro. "Não esperamos ter a vacina antes que haja um aumento de casos da doença," disse Schuchat.

 

A gripe

 

Já houve 550 mortes nos Estados Unidos pelo vírus. Um painel científico afirmou, em relatório à Casa Branca, que era possível que até 30% da população norte-americana contraísse o vírus. Segundo essa projeção, o número de mortos poderia estar entre 30 mil e 90 mil.

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Napolitano disse que os primeiros lotes de vacina devem ir para pessoas com problemas de saúde, como asma, por exemplo, e para grávidas.

 

O desenvolvimento da vacina está em andamento e ela deve estar disponível em outubro. Certos grupos são mais vulneráveis ao vírus, entre eles crianças abaixo de 2 anos, grávidas e pessoas com problemas de saúde como asma, diabetes ou doença cardíaca.

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