WASHINGTON - A devastação provocada pelo Ebola na África Ocidental não é medida apenas pelo número de mortes. Milhares de crianças ficaram órfãs e a economia dos três países que estão no centro da epidemia vive o impacto negativo da paralisação de diversos setores, o que compromete os principais esforços de combate à pobreza.
Serra Leoa era um dos países com mais rápida expansão econômica do mundo até o ano passado, quando seu PIB teve alta de 20%. O ritmo de expansão da Libéria deve passar de 8,7%, em 2013, para 2,5% em 2014.
Mas o presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim, ressaltou que a epidemia pode ter um impacto econômico “catastrófico”. Se o vírus for contido até o fim do ano, a instituição estima que as perdas chegarão a US$ 3 bilhões até 2015. Em um cenário de expansão da doença para Gana, Nigéria e Senegal, o prejuízo pode alcançar US$ 32,6 bilhões.
Déficit. “Nós estamos prontos para fazer mais”, disse a diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, que abriu uma exceção para a região na receita de austeridade do FMI. “É bom aumentar o déficit fiscal quando se trata de curar pessoas e conter doenças.”