Macacos são achados mortos com suspeita de febre amarela em Rio Preto

O macaco não transmite a doença, mas, ao contrair a febre amarela, indica a presença do vírus e permite que a população humana adote medidas preventivas

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Por José Maria Tomazela
Atualização:

SOROCABA - Equipes da vigilância epidemiológica recolheram mais três macacos mortos com suspeita de serem vítimas da doença, entre o fim de semana e a segunda-feira, 23, em São José do Rio Preto, região norte do Estado de São Paulo. Os animais, encontrados nos bairro Cidade Jardim, Bela Vista e São Deocleciano, ainda passarão por exames para a confirmação da causa da morte. Desde o início do ano, nove primatas mortos foram achados na cidade, com suspeita da febre amarela. Não houve, porém, casos suspeitos em humanos.

Macacos, especialmente os bugios, são o principal alvo dos mosquitos que transmitem a febre amarela. Foto: JULIO CESAR BICCA-MARQUES/DIVULGAÇÃO

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O macaco não transmite a doença, mas, ao contrair a febre amarela, indica a presença do vírus e permite que a população humana adote medidas preventivas. O mosquito transmissor é o Haemagogus, que vive em matas, mas a doença pode ser transmitida também pelo Aedes aegypti, presente nas áreas urbanas. Na região, 13 cidades tiveram mortes suspeitas de macacos. 

Nesta segunda, os Grupos de Vigilância Epidemiológica (GVE) de Rio Preto e outras seis cidades da região norte, incluindo Ribeirão Preto, criaram uma força-tarefa na tentativa de conter a doença. As estratégias estão sendo definidas em conjunto com a Secretaria Estadual e o Ministério da Saúde, já que a região faz divisa com Minas Gerais, que registra o maior número de casos e mortes.

A Secretaria da Saúde de São Paulo já confirmou três mortes por febre amarela em 2017 no Estado. Um deles, notificado em Santana de Parnaíba, na Grande São Paulo, é importado de Minas Gerais. Os outros dois são autóctones, contraídos no Estado, e foram registrados em Batatais e Américo Brasiliense, na região norte. No ano passado, duas pessoas morreram com a doença no interior de São Paulo, em Bady Bassit e em Ribeirão Preto.

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