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Mais de 20% dos brasileiros acima de 60 anos declaram não ter doenças, diz IBGE

Suplemento de Saúde PNAD 2008 também revela que 45,5% consideram saúde boa ou muito boa

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Por Redação
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SÃO PAULO - De acordo com o Suplemento de Saúde da PNAD 2008, apenas 22,6% dos idosos acima de 60 anos declaram não ter doenças. Entre aqueles com 75 anos ou mais, o porcentual cai para 19,7%. Quase metade (48,9%) dos idosos sofre de mais de uma doença crônica e, no subgrupo a partir de 75 anos, o problema atinge 54%. A hipertensão é a enfermidade que mais se destaca, com proporções em torno de 50%. Dores na coluna e artrite ou reumatismo afetam, respectivamente, 35,1% e 24,2% das pessoas acima de 60 anos. Enquanto 77,4% dos idosos declararam sofrer de doenças crônicas, 45,5% afirmam que seu estado de saúde é “muito bom” ou “bom”. Apenas 12,6% dizem ter a saúde “ruim” ou “muito ruim” e, entre estes últimos, destacam-se aqueles com 75 anos ou mais, os pretos ou pardos e os que vivem com renda familiar de até meio salário mínimo per capita (R$ 255). O porcentual de idosos que não conseguem caminhar 100 metros ou têm grande dificuldade para isso passou de 12,2% (2003) para 13,6% (2008). Esse aumento pode ser explicado pela elevação da esperança de vida - entre aqueles com 75 anos ou mais, o porcentual dos que declaram dificuldade ou incapacidade é de 27,2%. Como as mulheres são maioria nesse grupo, 15,9% dizem ter dificuldade para caminhar 100 metros, contra 10,9% dos homens. Ainda segundo o suplemento da PNAD 2008, 32,5% dos idosos não têm seu domicílio cadastrado no Programa Saúde da Família nem fazem uso de um plano de saúde particular. Essa situação de desproteção é um pouco menor a partir da faixa de rendimento domiciliar per capita de dois salários mínimos ou mais, quando o porcentual chega a 19,7%. No Rio de Janeiro, que tem a proporção de idosos mais elevada do País, quase metade (49,1%) dos idosos vive sob tais condições. Em 2009, havia cerca de 21 milhões de idosos no Brasil e, entre 1999 e 2009, o porcentual das pessoas com 60 anos ou mais no conjunto da população passou de 9,1% para 11,3%. Nessa faixa etária, as mulheres eram maioria (55,8%), assim como os brancos (55,4%). Entre os idosos, 64,1% eram a pessoa de referência no domicílio, pouco menos de 12% tinham renda domiciliar per capita de até meio salário mínimo, 30,7% tinham menos de um ano de instrução e 66% já estavam aposentados.

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