Medicamento contra o HIV volta a ser distribuído em 3 Estados e no DF

Alagoas, Minas Gerais, São Paulo e o Rio Grande do Sul ainda não receberam o Abacavir

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Por Redação
Atualização:

BRASÍLIA - O Ministério da Saúde começou a normalizar a distribuição do Abacavir, medicamento usado por portadores de HIV e que estava em falta no país desde dezembro. O remédio já está disponível desde sexta-feira, 7, em estados como o Rio de Janeiro e o Ceará e no Distrito Federal. A partir desta segunda-feira, voltou a ser distribuído no Tocantins. No entanto, estados como Alagoas, Minas Gerais, São Paulo e o Rio Grande do Sul ainda não receberam o medicamento.

 

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Com a falta do Abacavir, os usuários precisam substituí-lo por outras drogas. "Orientamos os pacientes a usar outros remédios com o mesmo efeito, mas as pessoas têm preferência pelo Abacavir porque tem menos efeitos colaterais", disse Manoel Fonseca, coordenador de Promoção e Proteção à Saúde da Secretaria de Saúde do Ceará.

 

Em manifestação em frente ao Ministério da Saúde no dia 28 de abril, o aposentado Lucier Pereira, morador de Ceilândia - cidade do Distrito Federal a 26 quilômetros de Brasília - reclamou da substituição. Ele precisou trocar o Abacavir pelo medicamento Biovir, que contém em sua composição o AZT, substância à qual Lucier têm intolerância. "Além de não ter o mesmo resultado do Abacavir, sofro com efeitos colaterais como náuseas e vômito", afirmou na ocasião.

 

A assessoria de imprensa do Ministério da Saúde informou que o medicamento importado chegou ao país no dia 27 de abril. A distribuição só teve início na semana passada porque sua liberação depende de inspeção da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e fiscalização da Receita Federal.

 

De acordo com a pasta, a falha na distribuição ocorreu porque o laboratório responsável pelo medicamento demorou a se adequar a algumas normas estabelecidas pela Anvisa. Depois dessa adequação, o produto não pôde chegar ao Brasil devido à crise aérea na Europa.

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