Médicos alemães retiram tumor de 18kg de mulher saudita

Este é o maior condrossarcoma retirado até agora no mundo; câncer cresceu durante mais de seis anos

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Por Efe
Atualização:

Uma equipe médica de uma clínica particular de Berlim retirou um tumor de quase 18 quilos da pélvis de uma mulher saudita, que pesava apenas 37 quilos por causa de um câncer.

 

Este é o maior condrossarcoma retirado até agora no mundo, disse nesta sexta-feira, 24, em entrevista coletiva, o cirurgião responsável pela operação, Heinz Zurbrügg.

 

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O tumor cresceu durante mais de seis anos no ventre da mulher, de 35 anos e com três filhos, caso tinha sido dado como perdido por médicos sauditas.

 

Em 2004, a mulher recebeu o diagnóstico de condrossarcoma - um tumor ósseo cartilaginoso e maligno - que, desde então, "intumesceu e corroeu" o corpo da saudita, em quem a equipe médica realizou cinco operações sucessivas para poder retirar todo o tumor.

 

O tamanho da massa cancerígena impediu, em um primeiro momento, qualquer tipo de operação, por isso a mulher foi submetida a um tratamento prévio de quimioterapia para reduzir o tumor.

 

Para minimizar os riscos à vida da paciente, o condrossarcoma foi analisado com técnicas de informática de 3D, que mostraram a impossibilidade de retirar todo o tumor em uma única operação, por isso foram planejadas cinco cirurgias, com intervalos de entre duas e quatro semanas.

 

O tumor já tinha provocado falhas renais e havia um elevado risco de que obstruísse o cólon da mulher. A massa cancerígena tinha conseguido rasgar a pele da paciente e era visível de fora das nádegas da saudita.

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Após a terceira operação na capital alemã, a paciente conseguiu finalmente voltar a se sentar, algo que o tumor impedia há meses.

 

A mulher planeja voltar em breve a Riad, onde permanecem os filhos de 7, 13 e 15 anos, mas ainda terá que voltar a Berlim para fazer revisão.

 

Se os exames seguintes forem favoráveis, serão reconstruídos com implantes os fragmentos de pélvis e do quadril que foram retirados da paciente durante o tratamento.

 

Foto: Efe

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