Médicos de SP suspenderão atendimento a pacientes de planos de saúde

Profissionais reclamam das interferências e baixos valores repassados pelos planos

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Por Solange Spigliatti e do estadão.com.br
Atualização:

São Paulo, 15 - Os médicos de São Paulo começam a partir do dia 1 de setembro a suspender o atendimento a pacientes de planos de saúde, obedecendo um rodízio sequencial divulgado nesta sexta-feira, 15.A suspensão dos atendimentos é uma forma de protestar contra os baixos honorários e às interferências abusivas que impossibilitam a adequada assistência aos cidadãos e prosseguirão por tempo indeterminado até que as reivindicações sejam atendidas, segundo a Associação.Segundo a Associação Paulista de Medicina, as especialidades que iniciarão o movimento, interrompendo o atendimento eletivo no primeiro mês, serão Ginecologia e Obstetrícia (de 1º a 3 de setembro), Otorrinolaringologia (8 a 10 de setembro), Pediatria (14 a 16 de setembro), Pneumologia (21 a 23 de setembro) e Cirurgia Plástica (28 a 30 de setembro). As urgências e emergências estarão garantidas.Os anestesiologistas terão papel diferenciado no movimento e darão apoio a todas as especialidades cirúrgicas, parando semanalmente os procedimentos das áreas que estiverem no rodízio sequencial de suspensão. ReivindicaçõesOs médicos definiram como pauta do movimento estadual a recomposição do valor da consulta para R$ 80,00 e procedimentos atualizados proporcionalmente de acordo com o sistema de hierarquização da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM). Eles também pedem a regularização dos contratos entre médicos e operadoras com a inserção de cláusula de reajuste anual baseado no índice autorizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para os planos individuais. Outra reivindicação é o fim das pressões das empresas para que reduzam solicitações de exames, internações e outros procedimentos, interferências "inaceitáveis" que colocam em risco a saúde dos cidadãos.

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