PUBLICIDADE

Médicos Sem Fronteiras pedem reforma no sistema de ajuda alimentícia

Organização humanitária quer que líderes do G8 contribuam para melhorar a saúde materna e infantil

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

MADRI - A organização humanitária Médicos Sem Fronteiras (MSF) pediu nesta quinta-feira, 24, aos líderes do G8 (países desenvolvidos, mais a Rússia), que se reunirão nesta sexta e neste sábado em Muskoka, no Canadá, uma reforma no sistema de ajuda alimentícia para melhorar a saúde materna e infantil.

 

Em comunicado, a MSF solicita também novas fontes de financiamento sustentáveis para combater a desnutrição, que atinge 195 milhões de crianças em todo o mundo e "pode ser facilmente tratada".

 

PUBLICIDADE

Os líderes do G8 se reunirão para tratar de assuntos como a melhora da saúde materna nos países mais pobres do mundo, o programa nuclear do Irã e o conflito com a Coreia do Norte.

 

A organização assegura que a desnutrição é a causa de pelo menos um terço das 8 milhões de mortes anuais de crianças menores de 5 anos, além de causar atraso no crescimento e maior vulnerabilidade a outras doenças.

 

A MSF afirma que muitas mães que vivem em regiões de insegurança alimentícia não têm acesso a leite e ovos, por exemplo, que contêm proteínas de alta qualidade e outros nutrientes essenciais necessários para o organismo e o desenvolvimento das crianças.

 

No entanto, a maior parte da ajuda alimentícia internacional se compõe de farinhas de milho e soja, que não proporcionam os nutrientes necessários a essa faixa etária.

 

De acordo com o diretor-geral da MSF, Aitor Zabalgoezkoa, os países do G8, como principais doadores de ajuda alimentícia ao mundo, são os que estão mais bem preparados para lutar contra a desnutrição.

Publicidade

 

Segundo Zabalgoezkoa, para que uma resposta eficaz à desnutrição seja alcançada, também farão falta numerosos recursos financeiros. Nesse sentido, o Banco Mundial estima que combater a desnutrição nos países mais prejudicados custaria cerca de US$ 12 bilhões por ano.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.