Medo de câncer leva Angelina Jolie a remover ovários

Atriz fez anúncio em artigo no 'The New York Times', quase dois anos após ser submetida a cirurgia para evitar mal na mama

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Por Paula Felix
Atualização:

Atualizada às 21h16
A atriz americana Angelina Jolie, de 39 anos, submeteu-se na semana passada a uma nova cirurgia como prevenção contra o aparecimento de tipos agressivos de câncer. O novo procedimento, para a retirada dos ovários e das tubas uterinas, mais conhecidas como trompas, reabriu o debate sobre o que fazer em situações semelhantes. A atriz trouxe o caso à tona nesta terça-feira, 25, ao publicar um artigo no jornal The New York Times (leia a íntegra).
Em 2013, Angelina surpreendeu o mundo ao anunciar que tinha feito uma mastectomia dupla. Após um exame genético, médicos constataram que ela tem uma mutação no gene BRCA1, o que a torna mais propensa a ter câncer de mama e de ovário. A mãe de Angelina morreu aos 56 anos de câncer de ovário. Uma das avós e uma tia também morreram de câncer. “Eu me sinto feminina e alicerçada nas escolhas que estou fazendo para mim e minha família. Sei que meus filhos nunca vão precisar dizer que a mãe ‘morreu de câncer de ovário’”, escreveu.
Especialistas concordam com a realização do procedimento no caso da atriz, mas afirmam que não é indicado para todas as mulheres. “Existem dezenas de tumores diferentes. Um deles, o carcinoma seroso, representa 80% dos tumores malignos. Nesse tumor, em uma parcela das pacientes, ele passa de mãe para filha. Essa parcela é de 15%. Quando estão os genes BRCA 1 e BRCA 2 mutados, anormais, há esse risco aumentado”, explicou Jesus Paula Carvalho, coordenador da área de câncer ginecológico da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (Sogesp).

Angelina Jolie em foto de 2012 Foto: Andrew Kelly/Reuters

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