Governo faz alterações no Calendário Nacional de Vacinação do SUS

Imunizantes contra o HPV e a pneumonia tiveram redução de doses; outros três imunizantes passarão por mudanças

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Por Fabiana Cambricoli
Atualização:

SÃO PAULO - A redução no número de doses das vacinas contra pneumonia e HPV é uma das mudanças promovidas neste início de ano pelo Ministério da Saúde no Calendário Nacional de Vacinação do SUS. As novas regras, que entraram em vigor na segunda-feira, 4, preveem alterações em cinco tipos de vacina.

Indicada para bebês, a pneumocócica 10 valente passará a ser aplicada em duas doses, e não mais em três. As doses devem ser aplicadas aos dois e quatro meses de idade e o reforço será mantido aos 12 meses preferencialmente, mas com a possibilidade de ser tomado até os quatro anos. A eficácia é a mesma, segundo o ministério.

As novas regras preveem alterações em cinco tipos de vacina Foto: Portal da Saúde/Divulgação

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Também foi reduzido de três para dois o número de doses da vacina contra o HPV, voltada para meninas de 9 a 13 anos. Conforme antecipou o Estado em outubro de 2015, a dose aplicada cinco anos após a primeira não será mais necessária porque estudos demonstraram eficácia do produto com apenas duas doses, sendo a segunda administrada seis meses depois da primeira.

Ainda no grupo de vacinas infantis, a meningocócica C (conjugada) terá o período de reforço alterado dos 15 para os 12 meses. Processo inverso passará a vacina contra hepatite A, cuja única dose será dada aos 15 meses, e não mais aos 12.

Já a terceira dose da vacina contra a poliomielite, aplicada aos seis meses, será injetável e não mais oral. Segundo o ministério, a mudança é uma nova etapa para o uso exclusivo da vacina inativada (injetável) na prevenção contra a paralisia infantil, considerando a possibilidade de erradicação mundial da doença.

Outra alteração. Além das alterações já anunciadas, o ministério estuda ainda expandir a oferta da vacina contra a hepatite B para toda a população, inclusive os idosos, que hoje não podem tomar o imunizante na rede pública. A mudança deverá ocorrer ainda neste ano, mas não tem data prevista.

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