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Mobilização contra o 'Aedes' chega aos presídios de SP

Nas 163 unidades do Estado, 37 mil servidores e 226 mil detentos estão mobilizados para exterminar o transmissor do zika vírus

Foto do author José Maria Tomazela
Por José Maria Tomazela
Atualização:

SOROCABA - O mosquito Aedes aegypti entrou nos presídios paulistas, mas encontra resistência. Nas 163 unidades prisionais do Estado de São Paulo, 37 mil servidores e 226 mil presos estão mobilizados para exterminar o transmissor de dengue, chikungunya e zika vírus, segundo a Secretaria de Administração Penitenciária do Estado. Em cada presídio, um funcionário foi designado como 'guardião' no combate ao mosquito.

Toda semana, equipes fazem a coleta de entulhos, capinação, vistoria e manutenção predial para eliminar criadouros. Na penitenciária de Assis, oeste paulista, os detentos montaram e exibiram uma peça teatral para internos e funcionários. Em Limeira, os presos do Centro de Ressocialização foram contratados para confeccionar armadilhas que estão sendo espalhadas na cidade e no interior da unidade.

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Em Balbinos, cidade de 1,3 mil habitantes que já teve 40 casos de dengue, os dois presídios com quase três mil detentos ainda não registraram caso da doença. Os detentos dividiram tarefas e mantêm constante vigilância nas celas e nos pátios internos. Eles fizeram cartazes de alerta e espalharam nas unidades. “Os presos pegaram a ideia de não deixar a dengue vir para dentro das celas”, disse o agente penitenciário Paulo dos Santos.

Na Penitenciária Feminina II de Tremembé foram realizadas palestras às reeducandas abordando a possível relação do zika vírus com a microcefalia. O Núcleo de Saúde inspecionou setores da creche, berçário e enfermaria em busca de possíveis criadouros. Foi dada atenção especial às detentas grávidas. Várias unidades já registraram casos de dengue, mas a Secretaria não tinha um levantamento do número de casos até a tarde desta terça-feira, 2.

O mosquito 'Aedes aegypti' é transmissor do zika, da dengue e da chikungunya Foto: James Gathany/CDC/AP
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